Metafísica gnóstica revolucionária x Escolas kalkianas

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Vamos começar a nossa palestra nos propondo a investigar sistemas que permitem experimentar isso que está além do corpo físico, isso que pertence às outras dimensões da Natureza e do Cosmo. Mister se faz prestar muita atenção…

Há alguns anos aconteceu em Roma um caso insólito: uma monja caía constantemente em transes mediúnicos ou hipnóticos, então assumia certas atitudes, poderíamos dizer, até obscenas… Ela confessou ao cura, relatando-lhe a questão: ela tinha um retrato pintado à mão de um noivo com quem chegou a ter. Bastava olhar para o retrato para cair nesses transes tão estranhos. Ficava hipnotizada. Durante o transe ela imitava as atitudes de uma mulher que está numa cópula sexual…

O cura interessou-se por tal retrato e, ao examiná-lo, percebeu que tinha uma marca bastante interessante, cheia de pedras semipreciosas brilhantes como adorno, para as quais bastava olhar para entrar em transe hipnótico. Assim foi que a hipnose tomou força. Onde havia sujeitos impressionáveis, passivos, estes foram todos submetidos ao sono hipnótico mediante as pedras brilhantes.

Bastava olhar fixamente para elas e as passarem sobre a cabeça e o corpo do paciente para que entrassem em sono profundo. E criou-se a moda da cura através do hipnotismo.

A hipnose propagou-se por toda a Europa e de pronto nasceu o mediunismo e afins. Todas as classes de experiências psíquicas saíram dessa raiz… Foi então quando surgiram as mais diversas escolas, e muito mais tarde apareceram em cena, depois de um longo tempo, personagens como Jean-Martin Charcot, Cesare Lombroso, Camille Flammarion etc.

É claro que essas comprovações de tipo psicoexperimental não levaram ninguém à iluminação, ninguém se transformou com isso, e a única coisa que conseguiram foi demonstrar a realidade das Dimensões Superiores da Natureza e do Cosmo, mas ninguém se transformou com isso.

Toda essa série de acontecimentos mediúnicos, experiências psíquicas, tornou-se popular e, como consequência, surgiram as escolas do tipo pseudoesotérico, ocultista, mediúnico, espírita, enfim, apareceu de tudo um pouco…

Não vou me pronunciar contra nenhuma escola, porque esse não é o objetivo desta palestra, unicamente quero dizer a vocês que tais escolas abundam, mas não possuem a autêntica tradição esotérica. Não foram escolas que permitiram a transformação do ser humano, essas escolas possuíram abundantes bibliotecas e muitos eruditos, mas não conduziram à transformação e à Autorrealização Íntima do Ser.

Apareceu muita gente curiosa, teóricos cem por cento, denominemo-las de “Personalidades Kalkianas”, que são assim chamadas por serem gente da época do Kali-Yuga. Elas se destacam pela sua erudição, mas não possuem a Autorrealização Íntima do Ser nem o Esoterismo Autêntico. São pessoas que têm dogmas; um deles, por exemplo, é aquele da Evolução que surgiu nos fundos das escolinhas como as de Allan Kardec, Léon Denis etc.

Se lermos o Livro dos Espíritos, veremos ali o Dogma da Evolução; parece que o mesmo foi muito influenciado por Darwin, com a sua Teoria da Evolução e a Transformação das Espécies, influência que foi muito decisiva em todas essas Escolas Kalkianas.

Apareceu como um grupo muito curioso de eruditos sem Autorrealização, sem conhecimento nenhum da Sabedoria da Serpente, sem a capacidade para investigar fora do corpo físico, de forma positiva e consciente, sem experiência prática sobre Alquimia, sem experiência direta sobre Cabala, sem conhecimento real da anatomia oculta do homem etc. Essa doutrina curiosa fincou raízes por todas as parte, multiplicando-se em todo o mundo.

Quando não se conhece a Sabedoria da Serpente, quando não se é um verdadeiro Alquimista, quando não se é capaz de operar a Alquimia na prática, de se movimentar entre os Sefirotes, quando se torna escravo do Dogma da Evolução, se permanecem cheio de infinitos temores e se prejudicando. Estes marcham pelo caminho do erro…

O Dogma da Evolução, por exemplo, é falso. Não tem bases sólidas sobre as quais se pode sustentar. Diz-se que, em cada reencarnação, se vai evoluindo pouco a pouco até chegar o momento em que se liberta, depois de milhões de existências…

Quando alguém toma a sério tal teoria, não se preocupa realmente em trabalhar sobre si mesmo, e não lhe sobra outro caminho do que o de ingressar na Involução, submergindo nos Mundos Infernos. Perdeu o seu tempo…

Tais escolas, entre outras coisas, infundiram nas pessoas o medo pela “perigosa” Kundalini, que se desviada para o outro lado despertará as mais terríveis paixões, que deixam a pessoas completamente loucas… Então, por que essas pessoas falam sobre a Kundalini? Seria melhor que não a citassem, para logo depois dizer que é perigosa. Era melhor não dizerem nada. Primeiro, falam das belezas da Kundalini, que abre todos os chakras, desenvolve todos os poderes, conduz  à Iluminação etc., para depois afirmarem que é perigoso mexer com Ela, que é melhor não se meter com Ela…

Evolução? É claro que existe! Não negamos essa Lei, mas ao lado da Lei da Evolução existe outra por contraponto, que é a da Involução. Essas são leis meramente mecânicas que não têm nada a ver com a Autorrealização do Ser.

Existe a evolução de um grão que germina, do talo que cresce, das árvores que dão flores e frutos, mas há a Involução na planta que murcha, que decresce e, por fim, se converte em um monte de lenha…

Há evolução na criatura que se gesta dentro do ventre materno, na criança que nasce, que se desenvolve, no jovem que luta pela existência, no homem maduro e forte etc., mas há a involução também no ancião, no homem que a cada dia envelhece cada vez mais e mais, entra  no estado de decrepitude e morre…

São processos naturais que não negamos de modo algum. Mas essa regra não tem realmente fundamentos sólidos. Não há sistemas de investigações superiores, porque de modo algum me parece correto que queiramos basear nossas experiências exclusivamente em sujeitos passivos e mediúnicos. Parece-me que os homens sérios de modo algum deveriam se ocupar com essa classe de fenômenos ignorantes.

Citarei algo muito interessante para vocês. Até há pouco tempo num Lumisial [templo gnóstico] na Venezuela, certa mulher mediúnica caiu em estado de transe, uma dama que não havia dissolvido o Ego, portanto, não estava preparada para receber os desideratos cósmicos ou Mensagens Transcendentais do Ser. Mas o que ocorreu é que ela estava em estado mediúnico e se achou sábia.

Chamou o fulano de tal e disse-lhe que ele tinha recebido a Primeira Iniciação dos Mistérios Menores; e para outro fulano de tal, que tinha a Quarta; outro beltrano de tal, a Quinta Iniciação etc. Graças a Deus, esse Lumisial fechou, tamanho o estado de loucura insuportável…

De vez em quando acontecem esses casos nos Lumisiais, algum psíquico carregado de Eus, subjetivos cem por cento, cai em transe e se torna sábio…

Tudo isso nos indica, meus estimados irmãos, que o psiquismo barato, o mediunismo, os estados incoerentes e imprecisos de uma mente desordenada, não podem nos levar à Iluminação. É claro que não.

Quanto ao Yoga, não quero me pronunciar contra isso, mas assinalarei alguns perigos. No Hatha Yôga, por exemplo, os praticantes acreditam que unicamente na base de puras posições, ásanas yogues, é possível a Autorrealização Íntima do Ser. Claro que esse conceito é completamente equivocado.

Tampouco quero ir a outro extremo e dizer que os ásanas do Hatha Yôga sejam inúteis. Podem ser úteis para a saúde, para o corpo físico, mas de modo algum podem nos conduzir à liberação final.

Trata-se de buscar caminhos. Entretanto, a humanidade vive metida num labirinto sem saída. Uns querem, através do Yôga, liberar-se, e outros através do Espiritismo etc., outros pensam que recebendo as mensagens através dos médiuns se tornam sábios…

Vejamos por exemplo nos Himalaias, onde uma multidão de anacoretas se encerra em cavernas por toda a sua vida. Seus Gurus ensinam-lhes diversas técnicas de meditação, em que alguns se convertem em faquires e creem que já estão liberados, outros se alimentam de urtigas, ervas que encontram ao redor da sua caverna, querendo se converter em Deus…

Cada um é livre para pensar como quiser, mas eu devo esclarecer os Mistérios. Não negamos que alguns desses anacoretas têm conseguido se tornar verdadeiros atletas da meditação. No estado de êxtase, pode acontecer que a Essência do yogue escape do Ego, e na ausência deste Ela se submerja no Vazio Iluminador e consegue escutar as palavras do Eterno…

Submetidos tais santos em meditação profunda, experimental, passado o Êxtase, o Sámadhi, Isso que não é do tempo, Isso que é a Verdade, retornam novamente, como o Gênio de Aladim, ou seja, aprisionam-se no Ego para continuarem com a sua penitência…

Um dia qualquer, pode-se escapar num Maha-Sámadhi. Tal santo desencarna e como a Essência está acostumada, por disciplina, a escapar ao Ego, então poderá proceder assim: com a morte do físico a Essência viajará aos Planetas do Cristo, planetas que giram ao redor do nosso Sistema Solar, e gozarão de um Sámadhi delicioso.

Acontece que nos Planetas do Cristo existe outra Natureza muito diferente da do nosso mundo físico, que está submetido aos processos de nascimento, crescimento, desenvolvimento e morte. A Natureza dos Planetas do Cristo, que giram ao redor do Sol, é totalmente diferente. Lá, a Natureza é imutável, eterna, não está submetida a mudanças, nem à morte, portanto, aqueles que vivem nos Planetas do Cristo são felizes, gozam em seu interior os esplendores do Cristo Íntimo e vivem num êxtase permanente.

Esse yogues deleitam-se, por algum tempo, na felicidade dos Planetas do Cristo e podem flutuar nos ambientes circundantes. Mas, com assombro, tais yogues verão que não são habitantes daqueles mundos. Mas apesar de admitidos temporariamente não têm o direito de permanecer ali. Tremenda é a realidade que os leva a compreender que ainda estão incompletos, que não estavam tão liberados como supunham, antes de morrerem, e com dor regressam novamente ao Ego…

Assim é que muitos considerados Santos e Iluminados no Oriente, na Índia, no Tibete, que desencarnaram em Maha-Sámadhi, sendo venerados pelo povo como Deuses, vivem agora no Mundo Ocidental convertidos em pessoas vulgares, comuns e correntes.

De maneira que se não aniquilarmos o Ego, não conseguiremos a Liberação Final. Esta é a crua realidade dos fatos. Ainda que se pratiquem muitos exercícios de Yôga, ainda que se feche meditando nas cavernas afastadas do mundo, alimentando-se de ervas etc., se não destruímos o Ego não nos Libertamos!

Nas escolas do tipo pseudoesotérico ou ocultista muito se tem falado da constituição setenária do homem. Todas essas Escolas Kalkianas têm uma abundante biblioteca, onde existem obras em que são mencionados claramente os Sete Corpos do Homem. Ocorre que é afirmado, de forma enfática, que toda criatura humana tem os Sete Corpos e de acordo com isso todos são Mestres.

Mas, por que esses erros? São as errôneas interpretações sobre a cultura oriental… se houvessem interpretado melhor, não teriam se equivocado tanto, como fizeram.

Na verdade, o ser humano, o humanoide intelectual para falar mais claro, unicamente possui o corpo planetário. E o que se entende por corpo planetário? O corpo físico tem como assento o corpo vital, o que os hindus chamam de lingam sharira, ou seja, o corpo vital. Entretanto, tal corpo com o corpo físico são os mesmos. Apenas um corpo. Conforme as personalidades kalkianas, é conhecido como Duplo Etérico. Ora, este nada mais é que a parte superior do corpo físico, isto é, o corpo físico é tetradimensional, posto que tem quatro dimensões, e a Quarta Vertical é formada pelo corpo vital ou lingam sharira.

Mas deixando de lado a questão do corpo planetário com o seu assento vital orgânico, o que o humanoide possui? A única realidade é que dentro de si possui apenas um monte de diabos. É um pouco duro dizer isso, mas é a verdade.

Aqueles que destruíram o Ego e gozam da verdadeira Consciência despertam e poderão verificar por si mesmos o que estou afirmando nestes instantes.

Existe algo digno no humanoide, não o negamos, que é a Essência ou o Budata. Infelizmente, ela está presa nos diversos elementos inumanos que carregamos em nosso interior. Esses elementos são, na realidade, montes de diabos, os Demônios Vermelhos de Seth como se dizia no Egito, e falando na linguagem tibetana, diríamos que esses elementos são os Agregados Psíquicos, vivas personificações inumanas dos nossos defeitos psicológicos.

O que falam essas escolas kalkianas? Através de uma péssima interpretação dos ensinamentos orientais, difundiram no mundo ocidental e conduziram muita gente ao erro, dizendo que possuímos os corpos astral, mental e causal. Tal afirmação não é correta, já que temos de fabricá-los! E como se fabricam esses corpos?

Se não receberam noções de Alquimia, como poderiam fabricá-los? Antes de tudo, precisa-se ser um Alquimista. Tem de se estudar a Alquimia.

Os Alquimistas agitaram toda a Idade Média e puderam se salvar graças ao que diziam, ou seja, que estavam buscando a fórmula para fazer Ouro, que seus desejos eram ajudar os reis e os governos de cada nação. Dessa forma, escaparam da fogueira.

Eles se chamavam também de Sopradores, e em suas casas nunca faltava um laboratório, onde existiam enormes foles para soprar o fogo, além de crisóis, chaminés etc. Ou seja, tinham todos os utensílios próprios de um laboratório. Quando alguém visitava sua casa, sabia-se que se encontrava na presença de um Alquimista.

Alguns até fabricavam sabão para dissimular, mas, comumente, todos esses artefatos e utensílios não eram nada mais nada menos que símbolos viventes do Corpo de Doutrina.

Eminentes mestres árabes e monges medievais que conheceram os preceitos alquímicos aceitaram-nos muito bem e trouxeram a Santa Ciência do Egito. Dentre os Alquimistas, existem alguns personagens de vulto, como o Abade Tritemo, um monge beneditino; outro nada menos importante foi o dr. Paracelso etc. Quanto ao dr. Johannes Faust, este era médico, encantador e mago. Viajava no seu cavalo de Praga até Varsóvia, assombrando todo o mundo daquela época. Ele transmutou chumbo em ouro…

Dentre eles, o único que não conseguiu maiores triunfos foi um discípulo do Abade Tritemo, Cornélio Agrippa, que cometeu o erro de teorizar e passou a sua vida raciocinando, criando silogismos e polissilogismos, metido dentro do círculo vicioso do racional. Quando quis fazer a Grande Obra, já se encontrava muito velho, sem energia sexual, e a morte o surpreendeu lutando para dissolver o Ego, mas fracassou…

Mediante a Alquimia, aprende-se a fabricar o Mercúrio dos Sábios, com o qual se fabricam os Corpos Existenciais Superiores do Ser, transformando o Exiohehari, ou seja, o Esperma Sagrado, em Mercúrio dos Sábios.

Tal matéria venerável tem de passar por alguns processos de purificação antes de ser útil. O princípio dessa matéria, resultado das transmutações do esperma, é de cor negra e ao ser refinado no Sacramento da Igreja do Amor, modifica sua cor, passando a Branco. Continuando o processo de refinamento sexual, as águas embaçadas tornam-se Amarelas e, ao chegar a este ponto, o Enxofre é liberado da sua prisão do Centro magnético, situado nos Infernos Atômicos do homem.

O enxofre é o Fogo liberado que se mistura com o Mercúrio, criando assim o Mercúrio Enxofrado, que ascende pelo canal medular espinhal até o cérebro. O excedente do tal Mercúrio vem a se cristalizar dentro do nosso corpo físico criando de forma extraordinária e maravilhosa o veículo astral ou sideral.

Quem possui o corpo astral sabe que o tem, porque pode andar com ele, pode flutuar no espaço, transportar-se a outros mundos. Ele é uma espécie de duplo organismo…

Uma vez de posse do corpo astral, pode-se dar ao luxo de criar o corpo mental, que também vem a ser o resultado das condensações do Mercúrio, adquirindo assim, a sabedoria da Natureza. Nesse estágio, tem-se acesso a todos os Templos de Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Toth…

E, por conseguinte, pode-se fabricar o corpo da vontade consciente através das mesmas condensações mercuriais. Desta forma, possuindo os corpos físico, astral, mental e causal, pode-se, então, receber os princípios Átmicos, Búdicos ou Anímicos para se converter num Homem Real.

Agora, uma coisa é ser Homem Real e outra é ter a capacidade para ser um investigador competente da vida nos Mundos Superiores… Para isso, necessita-se eliminar o Ego.

Não é por meio do mediunismo que vamos obter dados exatos sobre a vida nos Mundos Superiores. Não é de pessoas em estado de hipnose que poderemos obter informações sobre o Além. Não! Quem quiser a verdade deve se converter num Iluminado, num Homem Consciente, num investigador dos Mundos Superiores. Tem de destruir o Ego, passar pela Aniquilação Budista…

Um sujeito em estado de hipnose falará do Além, dirá que fulano de tal é um Mahatma, citará coisas absurdas, porque não tem objetividade. Infelizmente, sua Essência está aprisionada no Ego. Para ser um investigador idôneo, é necessária a aniquilação do Ego…

Uma Essência livre é uma Consciência Iluminada que poderá experimentar o Real, informar sobre as vidas anteriores, sobre os Mundos Inefáveis, sobre o Karma, sobre as leis de Evolução e Involução, sobre os Mundos Infernos etc.

Quem são aqueles que dizem à humanidade que todos nós possuímos os Sete Corpos e que trazem esquemas sobre isso? São indivíduos que não destruíram o Ego. Então, com que autoridade o fazem e por que o fazem? São personalidades kalkianas que desgraçadamente abundam por todas as partes como uma espécie de veneno.

Como alguém pode converter-se em Mestre de uma escola se não conhece a Sabedoria da Serpente? Quem não a conhece vive nas trevas e não consegue a Liberação.

Dizem alguns que a Kundalini pode ser despertada em qualquer momento, através da meditação, com práticas de Pránáyámas ou com as imposições das mãos de um Guru. Isso é a coisa mais falsa que dizem… São exatamente os que não estudaram o Tantra, os que jamais investigaram os tesouros de Anáhuac, que dizem tais mentiras…

Necessitamos ser engolidos pela Serpente. Não basta só despertar a Kundalini, temos de ser tragados por Ela se quisermos gozar dos poderes da Serpente…

Não é com uma simples imposição de mãos ou com o Pránáyáma que vamos despertar a Cobra. Ela só é despertada através dos princípios tântricos, com os ensinamentos secretos de Anáhuac, com o Esoterismo Crístico de Pistis Sophia, com o grande segredo dos Mistérios de Elêusis, com os segredos dos Alquimistas Medievais… A chave é muito simples: conexão do Lingam-Yoni sem ejacular, jamais, a Ens Seminis durante toda a vida.

Com tal procedimento, é claro que não se chega jamais ao orgasmo fatal ensinado pela medicina, ao espasmo nervoso. De forma alguma devemos derramar o Vaso de Hermes Trismegisto, o Esperma Sagrado. Devemos, sim, transmutar tais secreções sexuais na Energia que é o Mercúrio dos Sábios.

Nos pátios de pedra dos antigos Templos da Grande Tenochtítlan, homens e mulheres permaneciam durante meses inteiros amando-se e trabalhando sobre a Forja dos Ciclopes, para o despertar da Serpente ígnea dos nossos mágicos poderes. Depois de despertada, o adepto terá de ser engolido pela Serpente para possuir todos os poderes da Cobra. Entretanto, isso só acontece quando o homem eliminou até a última partícula do Ego.

O Conde de Saint Germain disse uma vez: “Faz alguns milhares de anos que vivo, faz muito tempo que vivo em Ísis, estou estabelecido em Ísis…”

Paz Inverencial!

Samael Aun Weor

2 COMENTÁRIOS

  1. Texto magistral!
    Só fica uma dúvida. Seria possível fazer desdobramentos astrais conscientes sem antes ter construído o corpo astral através da magia sexual?

    • É possível de certa forma, pois mesmo com corpos lunares podemos ser ajudados pela Mãe Natura e ser levados aonde for possível.
      Já os que criaram o Astral Solar têm plena capacidade de desdobrar-se…

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