Em sublime e inefável êxtase Goethe proclama sua divina mãe Kundalini como autêntica libertadora:
“Levantai os olhos até a visão salvadora vós, todas as almas ternas arrependidas, a fim de transformar-nos, cheias de agradecimento Para um venturoso destino.
Que cada sentido purificado esteja pronto para seu serviço. Virgem, mãe, rainha, deusa, sê propícia.”
Goethe sabia que sem o auxílio de Devi Kundalini, a Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes, seria impossível a eliminação do ego animal.
Incontestavelmente, nas relações amorosas mais conhecidas de Goethe, excluindo-se, naturalmente, a sustentada com Cristina Vulpius – foram, sem exceção alguma, de natureza mais erótica que sexual.
Disse o sábio Waldemar: “Não cremos ser demasiado dizer que em Goethe o desfrutar da fantasia era o fundamental em suas relações com as mulheres. Esforçava-se para captar a sensação de entusiástico consolo. Numa palavra, o excitante elemento musa da mulher, que lhe inflamava o espírito e o coração em absoluto devida procurar a satisfação para a sua matéria.
O apaixonado namoro que teve por Carlota Buff, Lili ou Frederica Brion – não podia desenvolver correspondentemente toda a situação ao sexual. Muitas histórias literárias tentam expor simplesmente até que ponto chegaram as relações de Goethe com a senhora Von Stein.
Os fatos examinados abonam a idéia de que se tratou de uma correspondência ideal. Goethe não vivera, como é sabido, em completa abstinência sexual na Itália. Em seu regres-so à pátria, estabelecera rapidamente um vínculo com Cristina Vulpius, a qual nada lhe recusava, permite a conclusão que devesse carecer de algo.
Prossegue dizendo Waldemar: “Indubitavelmente Goethe amou de maneira mais apaixonada quando se achava separado do objeto de seu anseio. Só na reflexão seu amor tomava corpo e lhe insulflava ardor. Invariavelmente, quando deixava brotar de sua pena os sentimentos de seu coração para com a senhora Von Stein, estava realmente próximo dela… mais próximo do que jamais pudera estar fisicamente.”
Herman Grimm diz com razão: “Sua relação com Lotte só é compreensível quando reportamos toda a sua paixão às horas em que não estava com ela”.
Enfatizamos que o coito dos fornicários aborrecia a Goethe.
Omne animal post coitum triste.
“Así que traes a mi amor un desdichado desfrute.
Llévate ei deseo de tantas canciones, vuelve a llevarte el breve placer.
Llévatelo y dá ai triste pecho, ai eterno triste pecho, algo mejor.”
Que fale agora o poeta. Que diga o que sente, em verdade e poesia:
“Eu saía raramente, mas nossas cartas – referindo-se a Frederica – eram trocadas cada vez mais cheias de vida. Punha-me a par de suas circunstâncias… para tê-las presentes, de modo que tinha diante de minha alma, com afeto e paixão, seus merecimentos.
A ausência fazia-me livre e toda minha inclinação florescia devidamente só pela prática na distância. Em tais instantes podia ficar deslumbrado pelo porvir”.
Em seu poema A Felicidade da Ausência, expressa claramente sua propensão para a metafísica erótica.
“Suga, ó jovem, o sagrado néctar da flor ao longo do dia, nos olhos da amada. Mas, sempre esta dita é melhor que nada, estando afastado do objeto do amor. Em parte alguma esquecê-la posso, mas se à mesa sentar-me tranqüilo com espírito alegre e em toda liberdade e o imperceptível engano que faz venerar o amor e converte em ilusão o desejo”.
Comentando, diz Waldemar: “O poeta não se interessava por nada – e isto deve ser consignado – nem pela senhora Von Stein, nem como ela realmente era, mas corno a via através do anseio de seu próprio coração criador.
Seu anseio metafísico pelo eterno feminino se projetava de tal modo sobre Carlota que nela via à Mãe, a amada, numa palavra, como sendo o princípio universal, ou a própria ideia de Eva. Já em 1775 escrevia: Seria um magno espetáculo ver como se refletia nesta alma o universo. Ela vê o universo tal como é, por certo, mediante o amor.
Entretanto Goethe pode poetizar a mulher que amava, ou seja, criar um ente ideal que correspondesse ao vôo de sua fantasia, e a isto, era fiel e dedicado. Porém, quando relaxava o processo desta poetização, por sua própria culpa, ou da outra pessoa, afastava-se. Procura suas sensações erótico-poéticas até o momento em que a coisa ameaça ficar séria. Neste ponto busca refúgio na distância”.
Permita-nos a liberdade de discordar de Goethe neste aspecto espinhoso de sua doutrina.
Amar a alguém à distância, prometer muito e depois parece-nos demasiado cruel. No fundo, existe fraude moral. Ao invés de apunhalar corações adoráveis, melhor é praticar o Sahaja Maithuna com a esposa sacerdotisa, amando-a e permanecendo fiel durante toda a vida.
Este homem compreendeu o aspecto transcendental do sexo, porém falhou no ponto mais delicado. Por essa razão não obteve a Autorrealização Íntima.
Goethe, adorando sua Divina Mãe Kundalini, exclama cheio de êxtase:
“Virgem pura no mais belo sentido, mãe digna de veneração, rainha eleita por nós
de condição igual aos Deuses”.
Ansiando morrer em si mesmo aqui e agora durante o coito alquímico, querendo destruir a Mefistófeles, exclama:
“Flechas, transpassai-me.
Lanças, submetei-me, feri-me. Tudo desapareça
desvaneça-se tudo
e brilhe a estrela perene, foco do eterno amor”.
Esse bardo genial possuía, inquestionavelmente, uma intuição maravilhosa. Se tivesse achado o caminho secreto numa só mulher, se com essa mulher houvesse trabalhado durante toda a vida na nona esfera, obviamente teria chegado à libertação final.
Em Fausto expõe, com grande acerto, a fé na possibilidade da elevação do Embrião Áureo liberado, a uma superalma (o Manas superior da Teosofia).
Quando isso acontece, dito princípio teosófico penetra em nós e, fusionando-se com o Embrião Áureo, passa por transformações íntimas extraordinárias. Seremos, então, Homens com Alma. Ao chegarmos a essas alturas, alcançamos a maestria, o Adeptado, e nos transformaremos em membros ativos da fraternidade oculta. Não obstante, isto não significa perfeição no sentido mais amplo da palavra. Bem sabem os divinos e os humanos quão difícil é alcançar a perfeição na maestria.
Diga-se de passagem, urge saber que tal perfeição só se consegue depois que tenhamos realizado esotéricos e profundos trabalhos nos mundos: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. De todas as maneiras, a encarnação da Alma Humana ou terceiro aspecto da “Trimurti Hindustânica” conhecida como Atman-Budhi-Manas em nós, e sua mescla com o Embrião Áureo, é um evento cósmico extraordinário que nos transforma de forma radical.
A encarnação do Manas Superior em nós não implica o ingresso dos princípios átmico e búdico ao interior de nosso organismo.
Este último pertence a trabalhos ulteriores sobre os quais falaremos profundamente em nosso futuro livro intitulado As Três Montanhas.
Depois dessa pequena digressão, indispensável para o tema em questão, continuaremos com o seguinte relato:
Há muito tempo sucedeu-me no caminho da vida algo insólito e inusitado. Uma noite, enquanto me ocupava em interessantíssimos trabalhos esotéricos fora do corpo físico, tive de aproximar-me com o Eidolon da gigantesca cidade de Londres.
Recordo, com inteira clareza, que ao passar por certo lugar daquela urbe percebi, com místico assombro, a aura amarela resplandecente de um jovem inteligente que se encontrava postado numa esquina. Penetrei num café muito elegante daquela metrópole e sentando-me ante uma mesa, comentei o caso com uma pessoa de certa idade que lentamente saboreava numa xícara o conteúdo delicioso daquela bebida árabe. De repente algo inusitado acontece, senta-se ao nosso lado aquele mesmo jovem de resplandecente aura amarela que momentos antes tanto admirara. Após as costumeiras apresentações, fiquei sabendo que se tratava daquele que em vida escrevera Fausto. Era Goethe!
No mundo astral acontecem maravilhas, fatos extraordinários e prodígios. Não é raro encontrarem-se ali homens já desencarnados; personagens como Vitor Hugo, Platão, Sócrates, Danton, Mollière etc. Assim, pois, vestido com o Eidolon, quis conversar com Goethe fora de Londres, às margens do imenso mar. Convidei-o e ele aceitou meu convite.
Juntos, numa das praias daquela grande ilha britânica onde se encontra a capital inglesa, estávamos conversando enquanto podíamos ver algumas ondas mentais de cor vermelho-sanguinolentas que flutuando sobre o furioso oceano vinham até nós. Expliquei àquele jovem de radiante aura, que ditas formas mentais provinham de uma dama que na América Latina me desejava sexualmente. Isto não deixou de causar-nos certa tristeza.
Brilhavam as estrelas no espaço infinito. As ondas enfurecidas, rugiam e golpeavam incessantemente a arenosa praia. Conversando sobre os acantilados do Ponto eu e ele, trocando ideias resolvi fazer-lhe à queima roupa, como se diz comumente no mundo físico, as seguintes perguntas:
– Tens novo corpo físico?
– Sim.
– Teu veículo atual é masculino ou feminino?
– Meu corpo atual é feminino.
– Em que país estás reencarnado? Amas a alguém?
– Estou reencarnado na Holanda e amo um príncipe holandês. Penso casar-me com ele em determinada data (perdoe-me, caro leitor, pois não posso mencionar tal data).
– Pensava que teu amor fosse estritamente universal; amar às rochas, às montanhas, aos rios, aos mares, às aves que voam, aos peixes que deslizam nas profundas águas, disse-lhe.
– O amor humano não é, por acaso, uma chispa do Amor Divino?
Esse tipo de resposta em forma de pergunta, pronunciada por aquele que em sua passada reencarnação se chamara Goethe, deixou-me perplexo. Indubitavelmente, o insigne poeta me havia dito algo irrefutável e perfeitamente exato.
(Samael Aun Weor, O Mistério do Áureo Florescer)
Interessante e ao mesmo tempo intrigante, Goethe so nao chegou a perfeiçao e ao sublime do mundo espiritual ao fazer historia no mundo por um simples detalhe: nao conseguiu matar seu ego sexual a qual era seu maior desafio meio que inconciente.No decorrer percebe-se vida divida entre mulheres, ele nao entendeu que quando um homem escolhe uma mulher ele em comunhao com cristo torna-se um , pois a mulher foi feita da costa do homem.Entao o homem molda sua esposa do jeito que ele quer ele e responsavel pois a mulher e submisa ao marido.E quanto a satisfaçao sexual do casal esta no conhecimento de energias, chacras,tantrismo,alquimia e magia.Entao chegamos a conclusao que goethe sendo maçon e dotado de conhecimento nao estava em sitonia com a verdade e com o universo.Mas mesmo assim teve seu merecimento e isso o basta.Mas devemos esta atentos ao matar nossos egos.
ola viviane.
a palavra sub-missa ao homem fica meio estranho,já que homens e mulher são seres de igualdade comum na criação.o que difere um dos outro são apanas responsabilidades.
quanto ao prazer do casal sexualmente falando somente e visto pela gnose a transmutaçao sexual que o ato sem o derrame do sêmen.