O Zodíaco, Chave do homem e do universo – Omraam A’ívanhov
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21 de fevereiro de 2010 às 01:58 #29743
bruno_cardoso
ParticipanteNo link http://www.gnosisonline.org/Mestres_da_Senda/cherenzi_lind.shtml pode ler-se:
“Ainda na França, Cherenzi Lind estranhamente desencadeou uma série de ataques contra um iniciado francês de origem búlgara, Omraam Mikhaël Aïvanhov, que trouxe uma grande mensagem espiritual para a Europa Ocidental. Lind fez com que acusassem a Aïvanhov de ser espião comunista e molestador de mulheres. Paralelamente a todo esse circo montado na França, Cherenzi, por ser o próprio Kout Humi, ainda divulgava pela imprensa que ele havia vindo de Agartha, o Reino Subterrâneo.”
Irei traduzir todo o livro. Por agora fica o início.
Omraam Mikhaél A’ívanhov
O Zodíaco, Chave do homem e do universo
3ª edição
Colecção Izvor
Nº220O leitor compreenderá melhor certos aspectos dos textos do Mestre Omraam Mikhaél Aivanhov apresentados neste volume, se tiver em conta que se trata de um Ensinamento estritamente oral.
I . O ÂMBITO DO ZODÍACO
Os hindus denominam akasha a esta matéria fluídica. Mas, na realidade, pouco importa os nomes que lhe dêem: electricidade cósmica, serpente original, força Fohat… Dado que cada criatura que pensa, sente e se move lhe imprime novas vibrações, é impossível determinar e nomear todas as suas formas desde a criação do mundo. A sua natureza é extremamente misteriosa e tudo o que se pode dizer sobre ela, é, por sua vez, verdadeiro e falso. Este akasha tem, pois, a propriedade de registar tudo o que acontece no universo. E, por outra parte, a prova de que tudo fica registado está em que os clarividentes podem ler sobre um objecto os acontecimentos que aconteceram ao seu redor, e inclusive o destino de uma pessoa que teve este objecto entre as suas mãos durante um ou dois minutos. Falo, evidentemente, dos verdadeiros clarividentes. A existência desta clarividência é um argumento extraordinário: se os sábios materialistas a tivessem em conta, iriam ver-se obrigados a modificar os seus pontos de vista sobre a natureza da matéria. Este fluído, este akasha onde tudo se imprime, onde tudo se reflecte, estende-se até aos confins do Universo, que são para nós os limites do zodíaco, pois o círculo do zodíaco representa, simbolicamente, o espaço que Deus delimitou para criar o mundo. Por outra parte segundo a Ciência iniciática, a sucessão dos 12 signos do zodíaco (Áries, Touro, Gémeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes, revela as diferentes etapas da criação.
Áries dá o impulso, é a força indomável que brota e se quer manifestar, custe o que custar, como os brotos na primavera. A esta força bruta Touro aporta a matéria, mas esta matéria ainda não está organizada, não é mais do que uma massa informe de elementos indiferenciados. Quando vejais que se está a preparar uma obra para a construção de uma casa, trata-se da etapa de Touro. Mas, com estes elementos, é preciso realizar algo.
É por isto que Géminis começa a estabelecer uma rede de comunicações, para que o trabalho se possa fazer: as carreteiras, as polias, as gruas que transportarão os materiais de um extremo ao outro da obra.Quando Câncer chega, estabelece os cimentos, uma base sólida de “betão armado” na natureza; esta base é o gérmen, o núcleo para o qual vão convergir diversos elementos que contribuirão para o seu desenvolvimento. Sobre este núcleo Leão começa então a trabalhar, introduzindo uma força centrífuga. Aumenta o calor, tal como a intensidade do movimento. Então, produz-se uma explosão e a massa começa a brilhar e a projectar raios no espaço. Quando chega Virgo, declarará que é preciso introduzir ordem e organização neste conjunto. Põe-se, por isso, a trabalhar e coloca cada coisa no seu lugar. Mas a ordem é insuficiente, falta um elemento de estética, de harmonia, e Libra aporta este elemento. É o sétimo dia (o sétimo signo) e o trabalho interrompe-se para que os obreiros possam descansar e divertir-se, Neste clima de regozijo, certos obreiros esquecem-se do trabalho e deixam-se levar pela preguiça e a indolência. É assim que se começam a introduzir elementos de desagregação: Escorpião produzindo desavenças e hostilidade. Soa então a hora de Sagitário, que possui o dom de reconciliar os seres entre si e vinculá-los ao Céu. Quando aparece, canaliza esse excesso de energias ardentes, orientando-as (o arco e a flecha que o Centauro sustém), e põe-nas ao serviço de uma actividade superior. Agora, este mundo bem ordenado, cujas rodas funcionam perfeitamente, tende a cristalizar-se e coalhar sob a influência de Capricórnio, e a vida começa a afastar-se, Então, para que não seja destruído pelo materialismo, Aquário põe em acção as correntes poderosas do espírito. Quando chega Peixes projecta a paz sobre o mundo. Nesta paz e nesta harmonia universais, a vida torna-se pura, subtil, até que tudo se fundo e regressa ao Oceano das origens.
Todos aqueles que penetram no âmbito do zodíaco ficam submetidos aos imperativos do tempo (períodos, ciclos) e do espaço (localização dentro do âmbito). Só os espíritos puros são livres: não estão acorrentados pelo tempo nem pelo espaço. Mas desde que se encarnam, entram no âmbito do zodíaco e são presos no círculo mágico do implacável destino que acorrenta inclusive os seres mais luminosos, aos grandes filhos de Deus.
Por outra parte, com o seu corpo físico, o ser humano representa o círculo do zodíaco, no interior do qual o seu espírito permanece cativo. A cada signo, corresponde uma parte do corpo:A Áries: a cabeça
A Touro: o pescoço
A Géminis: os braços e os pulmões
A Câncer: o estômago
A Leão: o coração
A Virgo: os intestinos e o plexo solar
A Libra: os rins
A Escorpião: os órgãos genitais
A Sagitário: as coxas
A Capricórnio: os joelhos
A Aquário: as panturrilhas
A Peixes: os pésPara escapar desta Serpente que o aperta com os seus anéis, o homem deve sair do círculo das reencarnações.
Estudemos agora as consequências práticas para a nossa vida quotidiana da existência do círculo zodiacal. Suponde que passeando pela montanha, vos divertis falando em voz alta ou gritando, que acontece? A montanha devolve-vos. O som, as palavras tropeçam com um obstáculo e voltam. Quando lançais uma bola ao solo ocorre o mesmo: ricocheteia… ou contra uma parede: volta e golpeia-vos. São leis físicas e as leis físicas são um reflexo das leis espirituais. Se exclamais: «Amo-vos», por todas as partes o eco repete «Amo-vos, amo-vos, amo-vos». E se gritais «detesto-vos, detesto-vos», por todas as partes o eco repete «detesto-vos, detesto-vos…».
Deveis compreender que na vida tudo se repete sem cessar; o homem, mediante os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus actos emite ininterruptamente ondas benéficas e maléficas; estas ondas viajam pelo espaço, até que encontram uma parede, a qual as devolve e aquele recebe prémios ou castigos. Sim, é como um boomerang. Aqueles que conhecem esta lei esforçam-se em enviar por todas as partes luz, amor, bondade, pureza, calor, e um dia ou outro recebem necessariamente, por sua vez, as mesmas bênçãos; sentem-se felizes, alegres, conseguem êxitos. Dizem: «Foi o bom Deus que me recompensou!» Mas não é assim; o Senhor nem sequer o sabe. Tem outros afazeres do que nos observar incessantemente e anotar todas as nossas acções para nos recompensar ou castigar. Ele estabeleceu leis dentro e fora de nós, e são estas leis que nos castigam ou recompensam.O círculo com um ponto central é a estrutura que se encontra por todas as partes no universo. Colhei qualquer organismo, uma célula, por exemplo: vedes um núcleo, um protoplasma e ao redor uma película, a membrana. Colhei um fruto; no centro encontrareis o núcleo, depois a polpa, a carne sumarenta que se come e, por último, a pele ou casca. Dessa forma, todo o organismo vivo tem um centro, depois um espaço onde circula a vida e, finalmente, a pele que serve de fronteira, de limite, graças à qual a lei do eco se pode aplicar. No entanto, pode ocorrer que a distância do centro à periferia sendo muito grande, a voz chegue muito, muito longe, e que só uns anos depois se encontre com a parede que a devolverá.
Mas embora o boomerang se faça esperar, isso não significa que não se vá produzir nada; sim, se produzirá, mas mais tarde, talvez noutra reencarnação, já que a fronteira (ou até a periferia, a parede) está muito afastada. E é assim que se explica o destino inscrito no nosso tema natal: é a consequência das nossas acções passadas.
O átomo e o sistema solar possuem uma estrutura idêntica: um círculo com um ponto central. E o espaço que rodeia este ponto representa a matéria; sem espaço a matéria não existiria. Enquanto que o espírito não tem necessidade de espaço; o seu poder deve-se a que, sendo um ponto ínfimo, actua em todas as partes ao mesmo tempo. É, pois, nos limites deste espaço ocupado pela matéria, onde tudo choca e depois regressa ao seu ponto de partida.
Assim, através da matéria, tudo o que fazemos, tudo o que pensamos, volta na nossa direcção depois de ter percorrido o espaço. É a matéria que volta a enviar o eco, não é o espírito. O espírito actua e a matéria reage, responde ao impulso. O seu papel é fazer frente ao espírito, opor-se a ele, limitá-lo, aprisioná-lo inclusive, E o zodíaco é este limite que circunda o nosso universo, assim como a serpente da matéria circunda o espírito. -
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