domingo, dezembro 22, 2024

O Zodíaco, Chave do homem e do universo – Omraam A’ívanhov

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    bruno_cardoso
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    No link http://www.gnosisonline.org/Mestres_da_Senda/cherenzi_lind.shtml pode ler-se:

    “Ainda na França, Cherenzi Lind estranhamente desencadeou uma série de ataques contra um iniciado francês de origem búlgara, Omraam Mikhaël Aïvanhov, que trouxe uma grande mensagem espiritual para a Europa Ocidental. Lind fez com que acusassem a Aïvanhov de ser espião comunista e molestador de mulheres. Paralelamente a todo esse circo montado na França, Cherenzi, por ser o próprio Kout Humi, ainda divulgava pela imprensa que ele havia vindo de Agartha, o Reino Subterrâneo.”

    Irei traduzir todo o livro. Por agora fica o início.

    Omraam Mikhaél A’ívanhov

    O Zodíaco, Chave do homem e do universo
    3ª edição
    Colecção Izvor
    Nº220

    O leitor compreenderá melhor certos aspectos dos textos do Mestre Omraam Mikhaél Aivanhov apresentados neste volume, se tiver em conta que se trata de um Ensinamento estritamente oral.

    I . O ÂMBITO DO ZODÍACO

    Os hindus denominam akasha a esta matéria fluídica. Mas, na realidade, pouco importa os nomes que lhe dêem: electricidade cósmica, serpente original, força Fohat… Dado que cada criatura que pensa, sente e se move lhe imprime novas vibrações, é impossível determinar e nomear todas as suas formas desde a criação do mundo. A sua natureza é extremamente misteriosa e tudo o que se pode dizer sobre ela, é, por sua vez, verdadeiro e falso. Este akasha tem, pois, a propriedade de registar tudo o que acontece no universo. E, por outra parte, a prova de que tudo fica registado está em que os clarividentes podem ler sobre um objecto os acontecimentos que aconteceram ao seu redor, e inclusive o destino de uma pessoa que teve este objecto entre as suas mãos durante um ou dois minutos. Falo, evidentemente, dos verdadeiros clarividentes. A existência desta clarividência é um argumento extraordinário: se os sábios materialistas a tivessem em conta, iriam ver-se obrigados a modificar os seus pontos de vista sobre a natureza da matéria. Este fluído, este akasha onde tudo se imprime, onde tudo se reflecte, estende-se até aos confins do Universo, que são para nós os limites do zodíaco, pois o círculo do zodíaco representa, simbolicamente, o espaço que Deus delimitou para criar o mundo. Por outra parte segundo a Ciência iniciática, a sucessão dos 12 signos do zodíaco (Áries, Touro, Gémeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes, revela as diferentes etapas da criação.

    Áries dá o impulso, é a força indomável que brota e se quer manifestar, custe o que custar, como os brotos na primavera. A esta força bruta Touro aporta a matéria, mas esta matéria ainda não está organizada, não é mais do que uma massa informe de elementos indiferenciados. Quando vejais que se está a preparar uma obra para a construção de uma casa, trata-se da etapa de Touro. Mas, com estes elementos, é preciso realizar algo.
    É por isto que Géminis começa a estabelecer uma rede de comunicações, para que o trabalho se possa fazer: as carreteiras, as polias, as gruas que transportarão os materiais de um extremo ao outro da obra.

    Quando Câncer chega, estabelece os cimentos, uma base sólida de “betão armado” na natureza; esta base é o gérmen, o núcleo para o qual vão convergir diversos elementos que contribuirão para o seu desenvolvimento. Sobre este núcleo Leão começa então a trabalhar, introduzindo uma força centrífuga. Aumenta o calor, tal como a intensidade do movimento. Então, produz-se uma explosão e a massa começa a brilhar e a projectar raios no espaço. Quando chega Virgo, declarará que é preciso introduzir ordem e organização neste conjunto. Põe-se, por isso, a trabalhar e coloca cada coisa no seu lugar. Mas a ordem é insuficiente, falta um elemento de estética, de harmonia, e Libra aporta este elemento. É o sétimo dia (o sétimo signo) e o trabalho interrompe-se para que os obreiros possam descansar e divertir-se, Neste clima de regozijo, certos obreiros esquecem-se do trabalho e deixam-se levar pela preguiça e a indolência. É assim que se começam a introduzir elementos de desagregação: Escorpião produzindo desavenças e hostilidade. Soa então a hora de Sagitário, que possui o dom de reconciliar os seres entre si e vinculá-los ao Céu. Quando aparece, canaliza esse excesso de energias ardentes, orientando-as (o arco e a flecha que o Centauro sustém), e põe-nas ao serviço de uma actividade superior. Agora, este mundo bem ordenado, cujas rodas funcionam perfeitamente, tende a cristalizar-se e coalhar sob a influência de Capricórnio, e a vida começa a afastar-se, Então, para que não seja destruído pelo materialismo, Aquário põe em acção as correntes poderosas do espírito. Quando chega Peixes projecta a paz sobre o mundo. Nesta paz e nesta harmonia universais, a vida torna-se pura, subtil, até que tudo se fundo e regressa ao Oceano das origens.
    Todos aqueles que penetram no âmbito do zodíaco ficam submetidos aos imperativos do tempo (períodos, ciclos) e do espaço (localização dentro do âmbito). Só os espíritos puros são livres: não estão acorrentados pelo tempo nem pelo espaço. Mas desde que se encarnam, entram no âmbito do zodíaco e são presos no círculo mágico do implacável destino que acorrenta inclusive os seres mais luminosos, aos grandes filhos de Deus.
    Por outra parte, com o seu corpo físico, o ser humano representa o círculo do zodíaco, no interior do qual o seu espírito permanece cativo. A cada signo, corresponde uma parte do corpo:

    A Áries: a cabeça
    A Touro: o pescoço
    A Géminis: os braços e os pulmões
    A Câncer: o estômago
    A Leão: o coração
    A Virgo: os intestinos e o plexo solar
    A Libra: os rins
    A Escorpião: os órgãos genitais
    A Sagitário: as coxas
    A Capricórnio: os joelhos
    A Aquário: as panturrilhas
    A Peixes: os pés

    Para escapar desta Serpente que o aperta com os seus anéis, o homem deve sair do círculo das reencarnações.

    Estudemos agora as consequências práticas para a nossa vida quotidiana da existência do círculo zodiacal. Suponde que passeando pela montanha, vos divertis falando em voz alta ou gritando, que acontece? A montanha devolve-vos. O som, as palavras tropeçam com um obstáculo e voltam. Quando lançais uma bola ao solo ocorre o mesmo: ricocheteia… ou contra uma parede: volta e golpeia-vos. São leis físicas e as leis físicas são um reflexo das leis espirituais. Se exclamais: «Amo-vos», por todas as partes o eco repete «Amo-vos, amo-vos, amo-vos». E se gritais «detesto-vos, detesto-vos», por todas as partes o eco repete «detesto-vos, detesto-vos…».
    Deveis compreender que na vida tudo se repete sem cessar; o homem, mediante os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus actos emite ininterruptamente ondas benéficas e maléficas; estas ondas viajam pelo espaço, até que encontram uma parede, a qual as devolve e aquele recebe prémios ou castigos. Sim, é como um boomerang. Aqueles que conhecem esta lei esforçam-se em enviar por todas as partes luz, amor, bondade, pureza, calor, e um dia ou outro recebem necessariamente, por sua vez, as mesmas bênçãos; sentem-se felizes, alegres, conseguem êxitos. Dizem: «Foi o bom Deus que me recompensou!» Mas não é assim; o Senhor nem sequer o sabe. Tem outros afazeres do que nos observar incessantemente e anotar todas as nossas acções para nos recompensar ou castigar. Ele estabeleceu leis dentro e fora de nós, e são estas leis que nos castigam ou recompensam.

    O círculo com um ponto central é a estrutura que se encontra por todas as partes no universo. Colhei qualquer organismo, uma célula, por exemplo: vedes um núcleo, um protoplasma e ao redor uma película, a membrana. Colhei um fruto; no centro encontrareis o núcleo, depois a polpa, a carne sumarenta que se come e, por último, a pele ou casca. Dessa forma, todo o organismo vivo tem um centro, depois um espaço onde circula a vida e, finalmente, a pele que serve de fronteira, de limite, graças à qual a lei do eco se pode aplicar. No entanto, pode ocorrer que a distância do centro à periferia sendo muito grande, a voz chegue muito, muito longe, e que só uns anos depois se encontre com a parede que a devolverá.

    Mas embora o boomerang se faça esperar, isso não significa que não se vá produzir nada; sim, se produzirá, mas mais tarde, talvez noutra reencarnação, já que a fronteira (ou até a periferia, a parede) está muito afastada. E é assim que se explica o destino inscrito no nosso tema natal: é a consequência das nossas acções passadas.
    O átomo e o sistema solar possuem uma estrutura idêntica: um círculo com um ponto central. E o espaço que rodeia este ponto representa a matéria; sem espaço a matéria não existiria. Enquanto que o espírito não tem necessidade de espaço; o seu poder deve-se a que, sendo um ponto ínfimo, actua em todas as partes ao mesmo tempo. É, pois, nos limites deste espaço ocupado pela matéria, onde tudo choca e depois regressa ao seu ponto de partida.
    Assim, através da matéria, tudo o que fazemos, tudo o que pensamos, volta na nossa direcção depois de ter percorrido o espaço. É a matéria que volta a enviar o eco, não é o espírito. O espírito actua e a matéria reage, responde ao impulso. O seu papel é fazer frente ao espírito, opor-se a ele, limitá-lo, aprisioná-lo inclusive, E o zodíaco é este limite que circunda o nosso universo, assim como a serpente da matéria circunda o espírito.

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