domingo, dezembro 22, 2024

O matrimonio perfeito: O filho do homem Cap.2

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    O Filho do Homem

    Deus é Amor e seu Amor cria e torna novamente a criar.
    As palavras deliciosas do amor conduzem ao beijo ardente da adoração. O ato sexual é a real consubstanciação do amor, no tremendo realismo de
    nossa natureza psicofisiológica.
    Quando um homem e uma mulher se unem sexualmente, algo se cria.
    Nesses instantes de suprema adoração, ele e ela são realmente um só ser
    andrógino, com poderes para criar como os deuses.
    Os Elohim são varão e varoa. O homem e a mulher unidos sexualmente,
    durante o êxtase supremo do amor, são, na realidade, um Elohim
    terrivelmente divino.
    Nestes instantes da união sexual estamos realmente no Laboratorium
    Oratorium da Santa Alquimia. Os grandes clarividentes podem ver, nesses
    momentos, o casal envolto em esplendores terrivelmente divinos. Então
    penetramos no Sanctum Regnum da Alta Magia. Com essas forças
    espantosamente divinas podemos desintegrar o diabo que trazemos dentro de nós e transformar−nos em grandes Hierofantes.
    À medida em que o ato sexual se prolonga, conforme aumentam as carícias deliciosas do êxtase adorável, sente−se uma voluptuosidade espiritual encantadora. Então estamos nos carregando de eletricidade e magnetismo universal. Poderosas forças cósmicas acumulam−se no fundo da alma; cintilam os chacras do corpo astral, enquanto as forças misteriosas da Grande Mãe Cósmica circulam por todos os canais de nosso organismo.

    O beijo ardente, as carícias íntimas, transformam−se em notas milagrosas
    que ressoam comovedoras na aura do universo.
    Não temos como explicar aqueles momentos de gozo supremo. Agita−se a
    serpente do fogo, avivam−se os fogos do coração e cintilam, cheios de
    majestade, na fronte dos seres unidos sexualmente, os raios terríveis do Pai.
    Se o homem e a mulher sabem retirar−se antes do espasmo, se nesses
    momentos de gozo delicioso tiverem força de vontade para dominar o Ego
    animal, retirando−se do ato sem derramar o sêmen; nem dentro do útero,
    nem fora dele, nem pelos lados, nem em parte alguma, teriam praticado um ato de Magia Sexual. Isso é o que se chama em ocultismo o .Arcano A.Z.F.

    Com o Arcano A.Z.F. podemos reter toda essa luz mravilhosa, todas essas correntes cósmicas, todos esses poderes divinos. Então se desperta em nós o Kundalini, o fogo sagrado do Espírito Santo, e nos convertemos em deuses terrivelmente divinos.
    Mas quando derramamos o sêmen, as correntes cósmicas fundem−se nas
    correntes universais e penetra na alma dos dois seres uma luz sanguinolenta, as forças luciféricas do mal, o magnetismo fatal. Então Cupido se afasta chorando e fecham−se as portas do Éden. O amor converte−se em desilusão, vem o desencanto, fica a negra realidade deste vale de lágrimas.
    Quando sabemos retirar−nos antes do espasmo sexual, desperta a Serpente Ígnea dos nossos mágicos poderes.
    Os cabalistas falam−nos da Nona Esfera. A Nona Esfera da Cabala é o sexo.
    A descida à Nona Esfera foi, nos antigos mistérios, a prova máxima para a suprema dignidade do Hierofante.

    Jesus, Hermes, Buda, Dante, Zoroastro, etc., tiveram que descer à Nona Esfera a fim de trabalharem com o Fogo e a Água, origem de mundos, bestas, homens e deuses. Toda autêntica e legítima Iniciação Branca começa por aí.
    O Filho do Homem nasce na Nona Esfera. O Filho do Homem nasce da Água e do Fogo.
    Quando o Alquimista completou seu trabalho no Magistério do Fogo, recebe a Iniciação Venusta. O desposamento da Alma com o Cordeiro é a festa maior da Alma. Aquele Grande Senhor de Luz entra nela. Ele se humaniza e ela se diviniza. Desta mescla divina e humana advém “Isso” que com tanto acerto o Adorável chamou de “0 Filho do Homem”.
    O triunfo máximo da suprema adoração é o nascimento do Filho do Homem no Presépio do Mundo. O homem e a mulher amando−se mutuamente são, verdadeiramente, duas harpas de milagrosas harmonias, um êxtase de glória, aquilo que não se pode definir, porque se se define, desfigura−se. Isso é Amor.

    O beijo é a consagração profundamente mística de duas almas que se
    adoram e o ato sexual é a chave com a qual nos convertemos em Deuses.
    Deuses, há Deus!..
    Sabei vós que vos amais verdadeiramente, que Deus é Amor.
    Amar, quão belo é amar. O amor se alimenta com amor, e só com amor são possíveis as bodas da Alquimia.
    Jesus, o Bem−Amado, alcançou a Iniciação Venusta no Jordão. No instante do batismo, O Cristo entrou no Adorável Jesus pela glândula pineal. O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a sua glória como o Filho Unigênito do Pai, cheio de Graça e de Verdade.
    Ao que sabe, a palavra dá poder; ninguém a pronunciou, ninguém a
    pronunciará, senão aquele que O tiver encarnado.
    No Apocalipse, o Santo da Revelação nos descreve−nos o Filho do Homem, o Filho de nossos beijos, com os seguintes versículos:
    “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor e ouvi por detrás de mim
    uma grande voz como de trombeta (o Verbo), que dizia: Eu sou o alfa e o
    ômega, o primeiro e o último. Escreve em um livro o que vês e envia−o às sete Igrejas que estão na Ásia: a Éfeso (o centro magnético do cóccix); a Esmirna (o centro magnético da próstata); a Pérgamo (o plexo solar situado na região do umbigo); a Tiátira (o centro magnético do coração); a Sardis (o centro magnético da laringe criadora); a Filadélfia (o Olho da Sabedoria, o centro da clarividência situado entre as duas sobrancelhas) e a Laodicéia (a Coroa dos Santos, centro magnético da glândula pineal)”.
    “E voltei−me para ver a voz que falava comigo; assim voltado, vi sete
    candelabros de ouro e, no meio deles, um semelhante ao Filho do Homem, vestido com uma roupa que chegava até os pés (A Túnica de linho branco de todo Mestre, a túnica de Glória)”. Os sete candelabros que o Santo da Revelação viu são as Sete Igrejas da Medula Espinhal.
    “Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã branca, como a neve.
    Seus olhos eram como chamas de fogo (sempre imaculados e puros)”.
    “E seus pés eram semelhantes ao latão polido, como se fosse derretido na
    fornalha. E sua voz era como o ruído de muitas águas” (as águas humanas, o sêmen).

    “Tinha na mão direita sete estrelas (os sete anjos que governam as sete
    igrejas da medula espinhal). E de sua boca saía uma espada aguda, de dois gumes (o verbo). E seu rosto era como o Sol quando resplandesce em sua força”.
    “Quando o ví, caí como morto a seus pés; e ele pôs a sua mão direita sobre mim, dizendo: não temas, eu sou o primeiro e o último; e aquele que vive.
    Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves do inferno e da morte”.
    Quando o Cristo Interno entra na alma, se transforma nela. Ele se transforma nela e ela n’Ele. Ele se humaniza e ela se diviniza. Desta mescla alquimista, divina e humana, advém isso que com tanto acerto nosso adorável Salvador chamou de: “0 Filho do Homem”.
    Os Alquimistas dizem que devemos transformar a Lua em Sol. A Lua é a
    alma. O Sol é o Cristo. A transformação da Lua em Sol só é possível com o Fogo e este só acende mediante o conúbio amoroso do Matrimônio Perfeito.
    Um Matrimônio Perfeito é a união de dois seres. Um que ama mais e outro que ama melhor.
    O Filho do Homem nasce da água e do fogo. A água é o sêmen e o fogo é o Espírito. Deus resplandece sobre o casal perfeito.

    O Filho do Homem tem poder sobre o fogo flamígero, sobre o ar impetuoso, sobre as embravecidas ondas do oceano e sobre a perfumada terra.
    O ato sexual é muito terrível. Com justa razão diz o Apocalipse: “Ao que
    vencer fá−lo−ei coluna do Templo de meu Deus e não mais sairá dali”.

    Samael Aun Weor

    Continua

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