Introdução da universidade Metodista.
O documento patrístico que iremos estudar nesta noite – a DIDAQUÊ – é um dos mais importantes materiais produzidos pela igreja primitiva. Foi descoberto por Filoteo Briênio, em 1873, na cidade de Constantinopla. Serviu de base para diversos manuais de iniciação cristã produzidos nos quatro primeiros séculos (Didascália – III século; Constituições Apostólicas – IV século; Ordem Eclesiástica Apostólica – IV século). A data de sua composição é controversa, situando-se nos textos preparados por especialistas, entre os anos 100 e 120. É citada por vários Pais da Igreja. Clemente de Alexandria a considerava integrante do Novo Testamento. Divide-se em duas partes: do capítulo I ao VI apresenta síntese de instrução moral, do capítulo VII ao XVI um manual eclesiástico.
A didaquê se encontra pela internet, mas a Metodista deu ênfase apenas nos capítulos mencionados acima (7º ao 16º), no capítulo VII a instrução chega a mencionar o batismo em água viva, mas alguns tradutores espertalhões trocaram para água corrente, achando ser esse o significado para água viva.
No capítulo XI, entende-se ao meu ver, que não devemos julgar ninguém que venha nos passar os ensinamentos, com o risco dessa pessoa ser honesta nos seus preceitos, e como consta na Didaquê, esse é um pecado contra o Espírito Santo.
Como Jesus Cristo afirmou “Pelos frutos os conhecereis”, e não cabe a nós o julgamento dessas pessoas, pois elas mesmas serão cobradas pela divindade, apenas ficar alerta que com certeza como diz o ditado, a mentira tem perna curta. “Portanto, não tenham medo deles. Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido.” (Mateus 10:26)
E isso é importante no nosso meio ser analisado, pois é aonde queremos se meter (claro que não é por mal) de quem sabe mais, lembrando que estamos correndo o risco de se equivocar com nossas boas intenções, e só tem a aumentar a nossa dívida.
Fica claro também a responsabilidade que é dar uma nova oitava nos ensinamentos, e para nós o risco que é caluniar uma hierarquia íntegra que venha entregar os ensinamentos do Senhor.
Resumo dizendo, muito cuidado com quem nos pronunciamos contra por uma dedução muito rápida, e não por intuição e contato com nosso Ser.
CAPÍTULO XI
1.Todo aquele, então, que venha e vos ensine todas estas coisas acima referidas, recebei-o. 2. Mas se o que ensina, a si mesmo se tiver extraviado, e ensina outra doutrina, para pervertê-las, não lhes dei ouvidos; mas, se for para a promoção da justiça e conhecimento do Senhor, recebei-o como ao Senhor. 3. E acerca dos apóstolos e profetas, conforme a ordenança do Evangelho assim procedei. 4. Todo apóstolo que venha a vós seja recebido como o Senhor. 5. Porém não permanecerá mais que um dia, e se houver necessidade, ainda o outro dia; mas se permanece três dias, é um falso profeta. 7. E não submetais à prova nem julgueis a todo profeta que fala em espírito, porque todo pecado será perdoado, mas este pecado não se perdoará. 8. Aliás, nem todo o que fala em espírito é profeta, mas somente o que tenha os modos do Senhor. Assim, por seu procedimento será distinguido o falso profeta e o verdadeiro profeta. 9. E todo profeta que ordena em espírito por uma refeição, não comerá dela, pois do contrário é falso profeta. 10. Todo profeta que ensina a verdade, se não pratica o que ensina, é falso profeta. 11. Mas nenhum profeta, provado e achado verdadeiro, e que realiza o mistério mundano da Igreja, mas não ensina a fazer o que ele próprio faz, não seja julgado por vós, porque tem seu julgamento com Deus, porque igualmente fizeram os antigos profetas. 12. Mas o que disser em espírito: “Dá-me dinheiro, ou qualquer outra coisa”, não os ouçais; se, porém, vos disser que é para dar a favor de outros que estão em necessidade, não o façais.
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