Cranberry: usada há séculos pelos índios americanos nas infecções urinárias
Os índios americanos e comunidades antigas do Canadá sempre tomaram o suco de cranberry para tratar e prevenir problemas urinários. O sabor não é lá grande coisa (lembra suco de pitanga), mas os resultados compensam. Quem garante são os cientistas da Faculdade de Medicina Harvard, nos Estados Unidos. É só abrir a U.S. Farmacopeia, a “bíblia” americana dos medicamentos, para conferir: contra essas infecções no trato urinário, uma das principais indicações é o trivial refresco de cranberry. Dois copos por dia são capazes de liquidar o problema.
Ardência ao urinar, necessidade freqüente de ir ao banheiro, dor na parte inferior do abdome… A série de incômodos provocada pela cistite – inflamação na bexiga – tem na bactéria Escherichia Coli seu inimigo número 1. Ela é responsável por 90% dos casos dessa doença. Segundo as pesquisas, porém, sua atividade fica bastante reduzida em mulheres que tomam duas doses diárias do suco de cranberry, cada uma com 250 mililitros.
Esse resultado costuma ser atribuído às características anti-sépticas da pequenina fruta: por elevar a acidez da urina, ela dificulta a proliferação bacteriana, a grande vilã das infecções urinárias. Mas a ação do cranberry vai além, o segredo está em uma substância chamada antocianidina, que impede que essa bactéria se fixe nas paredes da bexiga e da uretra, afastando a possibilidade de se multiplicar por ali.
Onde encontrar?
Enquanto nas zonas temperadas do globo (EUA e Europa) o cranberry sua produção e consumo são bem difundidos, no Brasil quase ninguém ouviu falar dele. O suco é artigo raro nas prateleiras das lojas especializadas em importados, mas alguns sites de compra já dispõe do produto (embalagens de 1,2l). Uma empresa no país já está plantando a fruta e comercializando o suco, mas o preço ainda é um pouco salgado (R$7,80 o litro, com venda mínima de 12l para entrega). Na noite, em bares e casas noturnas é possível encontrar drinks contendo o cranberry como ingrediente, mas lembre-se de que o álcool pode neutralizar a ação de muitos princípios ativos de alimentos e, portanto, não é a melhor alternativa de consumo da fruta!
Começamos a encontrar também em farmácias de rede chás e as pastilhas, mas seus benefícios ainda não mensurados por cientistas brasileiros.
Outros benefícios
Outras três propriedades medicinais do cranberry vêm merecendo atenção dos pesquisadores. A fruta é rica em flavonóides, uma substância antioxidante que freia as células cancerosas. Na Universidade de Western Ontario, nos Estados Unidos, estudos demonstraram que o consumo de subprodutos da fruta podem inibir tumores de mama em animais. Já uma pesquisa inglesa constatou que o poder antioxidante do cranberry também é capaz de reduzir significativamente os níveis do mau colesterol no sangue, sendo mais um instrumento para prevenir doenças como a arterosclerose. No Brasil, alguns pesquisadores estão estudando seu papel na redução da incidência de cáries, obtendo resultados preliminares positivos.
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