Associações positivas para o despertar da Consciência

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As Escolas são inúmeráveis, por todas as partes, abundam escolas e autores que se combatem mutuamente.

Na Catedral de Notre Dame de Paris, desenhado no chão, aparece um labirinto. Recordemos o labirinto da ilha de Creta. No centro daquele labirinto estava o Minotauro cretense.

Diz-se que Teseu conseguiu orientar-se no meio desse labirinto até chegar onde estava o Minotauro e o venceu, enfrentando-o numa luta corpo a corpo. Sua saída do labirinto foi possível graças ao fio de Ariadne, que o conduziu até a liberação final.

É interessante que justamente no piso da Catedral de Notre Dame de Paris fosse desenhado esse maravilhoso labirinto. Indubitavelmente, tudo isto nos convida à reflexão.

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Orientar-nos não é coisa fácil. O labirinto das teorias é mais amargo que a morte. Alguns autores dizem que os exercícios respiratórios são magníficos e outros dizem que são prejudiciais.

Enquanto uns afirmam uma coisa, outros afirmam outra. Cada escola presume possuir a verdade. Portanto, o labirinto é muito difícil.

Quando alguém consegue chegar ao labirinto, tem que enfrentar o Minotauro cretense em luta corpo a corpo, isto é, tem de enfrentar seu próprio Ego, o Eu, o Mim Mesmo, o Si Mesmo; e só se consegue sair do centro do labirinto mediante o Fio de Ariadne, que deve conduzir-nos até a luz.

Mas a maior parte das pessoas se perde nesse labirinto de tantas teorias, de tantas escolas e de tantas confusões.

O que fazer para nos orientarmos? De que maneira? Obviamente, deve nos interessar o Despertar da Consciência, só assim podemos verdadeiramente caminhar com êxito dentro desse misterioso labirinto. Porém, enquanto não tenhamos despertado, estaremos confundidos.

Alguns até se entusiasmam por estes estudos momentaneamente, e depois os abandonam. Há aqueles que, com a cabeça recheada de teorias, creem haver descoberto o caminho secreto, ainda que andem bem adormecidos.

Parece incrível, mas há Mestres da Grande Loja Branca, verdadeiros gnósticos no sentido transcendental da palavra, radicalmente despertos, absolutamente autorrealizados, em linguagem alquimista diríamos: sujeitos que já têm em seu poder a Gema Preciosa, e, no entanto, não sabem ler nem escrever. São completamente analfabetos, mas autorrealizados e despertos.

Em troca, vemos no caminho da vida, dentro das diversas escolas, organizações, seitas, ordens etc., sujeitos com a cabeça recheada de teorias, indivíduos com rica erudição, mas com a consciência completamente adormecida. São ignorantes ilustrados que não somente não sabem, mas, o que é pior, sequer sabem que não sabem.

Estes se perdem, ao se cumprirem suas 108 existências, ingressam na involução submersa dos Mundos Infernos. Mas eles creem que vão muito bem, por certo; quando se pergunta alguma coisa, demonstram uma erudição surpreendente. Têm mentes fulgurantes, seus conceitos são brilhantes, com provérbios luminosos, contundentes e definitivos; mas, de que lhes serve tudo isso?

Antes de mais nada, necessitamos despertar, para saber como vamos nos orientar. De que nos serviria ter a cabeça recheada de letras, se continuamos com a consciência adormecida? Mais valeria sermos analfabetos, porém despertos…

Inquestionavelmente, meus caros irmãos, a primeira coisa que precisamos saber é que estamos adormecidos. Infelizmente, ainda que eu esteja afirmando isto aqui e ainda que vocês aceitem que estão adormecidos, ainda assim vocês não têm consciência de que estão adormecidos, e isto é que é precisamente o grave!

Qualquer um pode saber que dois mais dois são quatro, porém outra coisa é ter consciência de que dois mais dois são quatro. Há verdades sumamente simples, que qualquer um as repete intelectualmente e pensa que sabe, crê que tem consciência delas, mas não tem…

Se queremos realmente despertar, temos de começar reconhecendo que estamos adormecidos.

Quando alguém reconhece que está adormecido, é sinal inconfundível de que já começa a despertar. Mas não se trata de reconhecer intelectualmente, não. Qualquer um pode dizer automaticamente “sim, estou adormecido”, mas outra coisa é alguém estar consciente de que está adormecido, isto é diferente. Existe uma grande diferença entre o intelecto e a consciência.

No mundo físico, temos que aprender a determinar associações específicas, inteligentes, para a vida nos mundos superiores. Durante o mal chamado “estado de vigília”, estamos associados a todos os seres humanos, seja através do trabalho, no lar, na rua, etc. Durante as horas de sono, também existem associações, e estas são o resultado específico daquelas que temos no mundo físico.

Por exemplo, se um sujeito vive nos bares, obviamente suas associações serão com bêbados, e, nos mundos internos, durante as horas de sono e depois da morte, sua vida será uma vida de bares, relacionado com gente de botequim e vagabundos de todo tipo. Se alguém se associa com ladrões e bandidos, nos mundos internos, durante as horas de sono, viverá entre bandidos e ladrões.

Assim, portanto, nós devemos determinar, aqui e agora, no mundo físico, o tipo de associações que queremos ter durante o sono e depois da morte…

Estarmos associados aqui é conveniente para nós, porque o resultado será que nos associaremos também durante as horas do sono e depois da morte.

É muito bonito estar associado, durante as horas de sono, aqui mesmo, neste templo, estudando os mistérios da vida e da morte. É muito bonito estarmos dedicados ao estudo depois da morte, mas isto só é possível se nos reunirmos frequentemente.

Portanto, repito, nós mesmos devemos provocar o tipo de associações que desejamos, nós mesmos devemos provocar o tipo de associações que queremos ter durante as horas de sono e depois da morte. Compreendendo isto, estabeleceremos bases muito fortes para o despertar da consciência…

Necessitamos aprender a viver, meus caros irmãos, porque acontece que os seres humanos não sabem viver e isso é muito grave. Não medimos o tempo, achamos que este veículo físico vai durar uma eternidade, quando na realidade não dura quase nada, logo se torna pó…

O teatro e o cinema são coisas que causam danos muito sérios ao ser humano. Em outros tempos, por exemplo, na Babilônia, o teatro era completamente objetivo. Tinha como único propósito o estudo do Carma, e a ilustração que devia ser dada aos assistentes.

Os atores não aprendiam de memória nenhum papel; alguém aparecia em cena sem se ter estudado qualquer papel; autoexplorava a si mesmo sinceramente, com o objetivo de saber o que era que mais ansiava e isso, o que mais ansiava, era o que falava.

Suponhamos que quisesse beber, então exclamava: “Tenho vontade de beber!” Outro sujeito que aparecia por ali escutava aquela frase e se autoexplorava para ver o que sentia em seu interior e, o que sentisse, respondia: “Eu não quero beber, por causa do álcool fui parar na cadeia, por causa do álcool estou na miséria…”

Um terceiro que aparecia (porque para isso tinha sempre um grupo de atores), da mesma forma nunca dizia outra coisa diferente do que sentia no fundo de sua consciência, algo que ele havia vivido, algo que se relacionasse com o que os outros dois estavam falando.

Vamos supor: “Eu tive muito dinheiro, tive um lar maravilhoso, mulher, filhos, mas, por estar bebendo vinho, vejam como fiquei, senhores!”

Em seguida aparecia uma pobre mulher outra artista: “Perdi meu filho por causa da bebida, perdi meu filho por causa dessa maldita bebida…”

Assim começava a se desenvolver um drama, uma cena improvisada, que muitas vezes podia terminar na forma mais dramática.

Os notários escreviam tudo rigorosamente, não só o desenvolvimento do drama em si mesmo, como até os resultados finais, e ainda selecionavam depois o melhor de tal peça. Dessa maneira, chegavam a conhecer os resultados kármicos de tal ou qual cena…

Havia muitas cenas, cenas de guerra, cenas de amor, mas em todas surgia sempre o espontâneo, o natural, não algo que o intelecto podia inventar artificialmente, não… O que surgia era aquilo que cada um dos atores tinha vivido. Esta era a arte objetiva da Babilônia…

Então, realmente, meus caros irmãos, os fatores eram muito diferentes. A música que se usava instruía devidamente o cérebro emocional, era uma música especial.

Eles sabiam perfeitamente que no organismo humano existem, diríamos, certos gânglios que se formaram com os sons do universo, e sabiam manejar todos esses gânglios, todas essas Partes do Ser, através de diferentes combinações musicais. Assim, o cérebro emocional era instruído através da música.

Vocês sabem que uma marcha de guerra nos dá vontade de marchar, que uma música fúnebre nos põe a meditar, a refletir, que uma música romântica traz lembranças de tempos idos, de noites de amor etc.

Eles sabiam combinar inteligentemente os sons para instruir sabiamente o centro emocional. Vejam vocês que interessante!

O centro do movimento também recebia ensinamentos através de danças sagradas. Essas danças eram importantíssimas na Babilônia. Cada um dos movimentos equivalia a uma letra e o conjunto de letras formava determinadas orações, determinadas teses, determinadas antíteses, determinadas instruções, etc. Assim, todo auditório recebia uma cultura riquíssima…

Era outro tipo de teatro. Os artistas não se chamavam artistas e sim “orfeístas”, termo que interpretado significava: sujeitos que sentem com inteira precisão as atividades da Essência, da Consciência…

Depois da cultura greco-romana, o teatro degenerou. Os orfeístas desapareceram e então surgiram os chamados “artistas cômicos”, os atores.

Lembro-me muito bem de que uns 50 anos atrás, pouco mais ou menos, os atores eram chamados vulgarmente de “comediantes” e eram vistos com desprezo. Lá pela Idade Média, foi promulgada uma lei que obrigava os atores a se barbearem e a tirarem todos os sinais de masculinidade.

Qual era o objetivo? Em primeiro lugar, claro, eles deviam estar em condições de se maquilar de acordo com o drama que tivessem de representar, mas, em segundo lugar, queria-se, antes de tudo, diferenciá-los do resto das pessoas.

Sabia-se que esses atores modernos têm, diríamos, uma irradiação perigosa, infecciosa, altamente hanasmussiana. Portanto, barbeados e sem os sinais de masculinidade, os demais podiam evitar de passar perto deles ou estender-lhes a mão.

Se observarem cuidadosamente a vida dos chamados “artistas de teatro”, sentirão, se forem um pouquinho sensitivos, ou poderão captar esse tipo de radiação hanasmussiana que eles emitem e que infecciona a mente das pessoas.

Hoje esse costume já passou, já não há uma lei neste sentido contra eles, já se lhes estende a mão, são tratados de igual para igual e até existe quem os quer imitar… Assim, eles podem destilar perniciosamente suas ondulações de hanasmussen nas mentes de todas as pessoas.danca-sagrada-gnosisonline

Dói um pouquinho ter de declarar isto, porque há muita gente que vive do drama e da interpretação, que são atores. Mas temos de nos colocar no plano das realidades concretas.

As pessoas que já passaram dos 50 anos se lembrarão que até a metade do século ainda eram olhados com desdém, eram tratados como simples cômicos ou comediantes etc.

Claro, eles abriram caminho e agora são considerados de igual para igual, mas nem por isso deixam de emitir suas ondulações, que são terrivelmente perigosas…

Naturalmente, eles aprendem seus papéis de memória, completamente subjetivos, coisas que nunca existiram; dramas ou comédias que podem ter ou não alguma realidade, mas que são somente produções de suas mentes, e o honrado público, diante dos palcos, dorme terrivelmente.

Quando digo “dormem”, ponho este termo entre aspas, pois quero afirmar, de forma enfática, que a Consciência dos que assistem entra no mais profundo sopor do sono.

Inquestionavelmente, esse tipo subjetivo de arte acaba com a possibilidade das percepções reais.

O que é um Turiya ? Turiya é um homem que pode falar com seu próprio Deus Interno, frente a frente.

Pois bem, esse tipo de arte subjetiva realmente nos impede de chegar ao estado de Turya, por isso é pernicioso.

Em nome da verdade, digo-lhes que, pessoalmente, não me agradam nem cinema nem a televisão.

Quando alguma vez, por curiosidade estive olhando alguma coisa na televisão, depois tive um remorso de consciência espantoso, tive de proceder uma limpeza de todos os elementares que se formaram em minha aura, e não volto a ficar tranquilo até eliminar o último deles.

Acontece que alguém, ao ver essas cenas, repete com a mente de forma automática tudo o que está vendo, então tudo toma forma na mente. Com a “essência da mente”, como diria o senhor Leadbeater, formam-se elementares, iguais aos que a pessoa viu na tela, e que roubam parte da própria Consciência.

Depois de se estabelecerem na mente, eles causam muito dano. Repito: roubam uma parte da Consciência da pessoa e convertem-se em criaturas vivas dentro da pessoa.

Depois de ter ficado olhando, repito, uma televisão ou um filme no cinema tive de sofrer muito, desintegrando os elementares que se formaram em minha mente. No final consegui desintegrá-los, mas depois de muitos TRABALHOS CONSCIENTES E PADECIMENTOS VOLUNTÁRIOS.

Por tal motivo, renunciei definitivamente à televisão e ao cinema.

Explico a vocês tudo isso para que saibam se orientar, porque se alguém quer verdadeiramente chegar a despertar, tem de saber viver. Se alguém quiser se desenvolver conscientemente nos Mundos Internos, converter-se num investigador competente da vida nos Mundos Superiores, obviamente terá que promover suas próprias associações.

Associações como as que temos neste momento, estamos reunidos em plena assembleia e isto é extraordinário. Estamos dialogando sobre o despertar da Consciência e isto é magnífico, porque estamos promovendo associações extraordinárias nos Mundos Superiores.

Quando vocês forem para casa e seus corpos caírem adormecidos em suas respectivas camas, obviamente sairão do corpo e, ao saírem do corpo, voltarão a se reunir entre si da mesma forma como estão reunidos esta noite aqui no físico. Assim se reunirão lá no astral para a mesma coisa, para o estudo do despertar e, é claro, receberão ajuda dos Mestres da Fraternidade Oculta.

Estão promovendo, portanto, associações extraordinárias para os Mundos Superiores. Mas se vocês não estivessem aqui e sim em um bar, em uma casa de jogos ou em um cabaré, à noite, quando seus corpos dormissem, e a Essência de cada um de vocês estivesse fora, isto é, com seus valores interiores fora do corpo, se associariam novamente, mas já não seria para estudar o despertar da Consciência.

Assim, a Consciência irá despertando e um dia ficará completamente desperta. Uma vez despertada a Consciência, estaremos suficientemente preparados para ver o caminho por nós mesmos, o caminho que há de nos conduzir, realmente, à libertação final.

Como poderíamos ver o caminho por nós mesmos se não nos esforçássemos em despertar? Podem, por acaso, os adormecidos ver o caminho?

Então, precisamos despertar, não é verdade? Quando alguém desperta, compreende, compreende o que é; e faz um inventário do que tem, do que lhe sobra e do que lhe falta. Muitas faculdades que alguém acha que tem, não tem e muito que não sabe que tem, realmente tem.

Mas alguém só vem a fazer este inventário de si mesmo quando está desperto. Como um adormecido iria fazer um inventário de si mesmo? Que sabe ele de si mesmo? Assim, pois, despertar é fundamental, vital, mas, para despertar, há que saber viver!

Está escrito que “quem com lobos anda, a uivar aprende”. Temos de saber com quem andamos, qual é o tipo de associações que iremos criar na vida prática, devemos saber selecionar nossas amizades, porque isso é definitivo.

Conforme nos esmerarmos em viver inteligentemente, nossa consciência irá se fazendo cada vez mais desperta, até que por fim poderá algum dia despertar completamente. E ao despertar, poderemos nos dar conta do lamentável estado em que nos encontramos.

O ser humano normalmente tem tão somente o corpo planetário. Qual é o corpo planetário? O corpo físico com sua base vital, é claro. Além do corpo físico, a única coisa que existe é uma soma de agregados psíquicos inumanos, nossos próprios defeitos psicológicos, assumindo, diríamos, figuras alegóricas: ira, cobiça, inveja, orgulho, luxúria, preguiça, gula, etc., etc.

Que é o que continua depois da morte? Uma soma de agregados psicológicos. Se dizemos que depois da morte o que continua é um montão de diabos, não estamos exagerando, é verdade!

Podemos chamá-los de ira, cobiça, inveja, etc., mas é isso o que continua…

Certamente, não possuímos um centro permanente de Consciência. A Essência está enfrascada em todos esses agregados inumanos. Não há, pois, uma individualidade permanente no animal intelectual equivocadamente chamado homem.

A individualidade é algo ainda para se conseguir. Se queremos nos individualizar, devemos nos desegoistizar. Só mediante a desgoistização é possível a individualização…

De que forma poderíamos nos desegoistizar? Eliminando os elementos inumanos que levamos dentro. Como poderíamos eliminá-los? Só depois de tê-los compreendido.

Podemos, por exemplo, saber que temos ira, mas não temos consciência de que temos ira, e isso é diferente. Precisamos nos tornar conscientes do processo da ira. A ira tem muitas metamorfoses, muitas causas. Existe a ira pela língua, pela palavra, há ira pelo ânimo ou pela mente. São diferentes formas de ira.

Há aquelas que são devidas ao amor próprio, alguém nos ofende o amor-próprio e sentimos ira. Existem iras provocada pelo ciúme, ataques de ira causados pelo ódio etc.

Temos de investigar todos os aspectos da ira, não somente do ponto de vista meramente intelectual.

Não se trata de investigar a ira de uma forma abstrata, mas a nossa ira particular, o que é diferente.

Vamos pela rua e de repente alguém nos insulta sem motivo algum e reagimos furiosos. É óbvio que ao chegarmos em casa devemos refletir. Por que reagi daquela forma? Qual foi a causa causorum dessa reação? Devemos nos tornar conscientes desse aspecto da ira.

Se outro dia qualquer tivermos um ataque de ira por causa de ciúmes, teremos de refletir sobre esses ciúmes. Por que foram provocados aqueles ciúmes? Assim conheceremos cada faceta do defeito. A mesma técnica deve ser aplicada ou levada a todos os outros defeitos que temos dentro de nós.

A eliminação só é possível com a ajuda da Divina Mãe Kundalini. Alguém pode compreender que tem um erro, um defeito psicológico, e, no entanto, continuar com ele; eliminação é diferente! Só é possível eliminar um defeito com a ajuda de Devi Kundalini.

O maior grau de poder de Devi Kundalini acha-se no sexo. Isto não quer dizer que pelo motivo de um indivíduo não ter mulher ou de uma mulher não ter marido, que não possam eliminar seus erros. Claro, sempre contarão com a ajuda da Mãe Kundalini.

O que quero dizer é que a força principal da Mãe Kundalini está no sexo. Se alguém tem a sorte de possuir uma esposa, bem que poderão trabalhar na Forja dos Cíclopes e solicitar a Devi Kundalini, em pleno trabalho, que elimine tal ou qual defeito psicológico que tenha sido compreendido devidamente. Assim é como vamos morrendo de instante a instante, de momento a momento.

Antes de tudo, é necessário que nos tornemos conscientes do que significa a morte do Eu. A base, o fundamento, de qualquer progresso se estriba na morte, porque só com a morte advém o novo.

Se o grão não morre, a planta não nasce…

Mas acontece que a maioria dos estudantes esoteristas se esquece da morte. Só pensam em se aperfeiçoar, em adquirir poderes, etc., e se esquecem da morte…

Se alguém vai ao cinema, isto significa que se esqueceu da morte, não é verdade? Porque se alguém quer morrer em si mesmo, não vai ao cinema, já não lhe interessa mais o cinema. Eu nunca vi que um morto, que um cadáver dentro de um ataúde se interessasse pelo cinema.

Se alguém está se divertindo lindamente com a televisão, está demonstrando até a saciedade que se esquece da morte, já que nenhum cadáver iria se sentar para ver televisão.

Isto de Autorrealização é algo muito sério, não se pode levar na brincadeira. Se é Autorrealização o que queremos, a base é a morte.

Na Igreja Gnóstica, podemos ver que nunca falta um grande ataúde. Precisamente, uma das câmaras da Igreja Gnóstica é precisamente a mortuária. Ali se poderá ver um formoso e belíssimo ataúde, nas Lojas, também nunca falta um ataúde.

É lamentável que aqui não tenhamos um ataúde, quando deveria haver um. Deveria estar, visível não? Porque é muito importante…

Em todo o caso, o ataúde, ainda que pequeno, é um símbolo vivo de que estamos dispostos a morrer, de que é necessário Morrer para Ser. Não devemos esquecer a Morte.

Com justa razão, os monges de La Cartuja, na Espanha, têm uma saudação muito especial: “Hermanos, de morir tenemos”. E responde o outro monge: “Hermano, eso ya lo sabemos”. Esta é a sua saudação cada vez que se encontram: “Hermanos, de morir tenemos…” “Hermano, eso ya lo sabemos.”

O que nos interessa não é a morte do corpo físico. Este podemos perder ao sair de casa, a qualquer momento, na própria cama, podemos cair da cama no chão e morrer, escorregar em uma casca de banana em qualquer rua, matar-nos, isso não é importante. O que nos interessa é a morte do Eu, do Mim Mesmo.

Esse Eu que temos por dentro nos torna horríveis. Se vocês estivessem despertos, poderiam evidenciar o que estou dizendo. As radiações que toda pessoa que tem o Eu carrega são bem semelhantes às do Conde Drácula, são desagradáveis, sinistras, esquerdas.

Quando estou em meditação, por exemplo, e vem alguém por aí que tem o Eu, de longe sinto suas sinistras vibrações, que são as mesmas do Conde Drácula: desagradáveis, sinistras esquerdas… O Eu nos torna verdadeiramente imundos no sentido mais completo da palavra.

Assim, quando alguém consegue eliminar o Eu, desintegrar todos os elementos inumanos que carrega dentro de si, fica radicalmente desperto, cem por cento, isto é óbvio. Também é necessário que nos vistamos com os Corpos Existenciais Superiores do Ser…

Vem-me à memória, nestes momentos, certa instrução recebida em noites passadas. Ali, no mundo astral, tocou-me viver uma cena muito interessante. Fizeram com que me sentisse como que perseguido, ainda que estivesse consciente, os Veneráveis provocaram uma cena de perseguição…

De repente, eu estava encerrado em certa casa, fui visitado e todos eles, os Veneráveis da Fraternidade Oculta, instruíram-me cantando de forma deliciosa. Disseram-me que a perseguição da Lei (não referindo-se às leis terrenas, mas às leis do Karma), somente passa quando alguém não anda bem vestido, num belo carro e com bastante dinheiro no bolso. Portanto, se vocês andarem bem vestidos, num magnífico carro e com bastante dinheiro no bolso, acabaram-se as perseguições…

Estou falando numa linguagem que vocês tem de saber entender… A que carro se referiam os Veneráveis? Ao carro de Mercabah! E o que é este carro? Este carro é formado pelos quatro corpos: físico, astral, mental, e causal. Este é o carro! Quando na Cabala vocês ouvirem falar do Carro de Mercabah, saibam que se refere aos quatro corpos…

“Bem vestido!” Que se entende por um personagem bem vestido e com um belo carro? Aquele que fabricou os Corpos Existenciais Superiores do Ser e que, ainda mais, os cristificou. Este é um sujeito bem vestido!

E que “carrega um bom dinheiro no bolso…” O que se está afirmando? Que tem capital cósmico!

Este capital se consegue fazendo boas obras, trabalhando pela humanidade…

É óbvio que ninguém vai perseguir um Mestre como o Conde de Saint Germain… Como iriam os Senhores do Karma perseguir um Jesus de Nazaré? Quem vai perseguir um Jesus de Nazaré?

Perseguem o “indigente”, o infeliz que anda mal vestido, a pé, todo enfraquecido e sem dinheiro…

Quem é “o infeliz, o indigente mal vestido”? O “mendigo”, quem será? Aquele que não fabricou os Corpos Existenciais Superiores do Ser; Villegas e todo o que chega, Vicente e toda gente, Raimundo e todo o mundo… Estes são vítimas da Lei!

Vocês não percebem? Vão para lá e para cá, sempre na desgraça, nascem sem saber como e morrem sem saber porque, sempre com uma venda nos olhos, do berço até a sepultura. Casam-se, enchem-se de filhos, vivem na pobreza mais desgraçada, sempre infelizes, sempre perseguidos.

Quando alguém se veste bem, tem um belo carro e bastante dinheiro no bolso, se acabou a perseguição…

Quem perseguiria o Conde Cagliostro? Se o próprio e famoso Luís XV nada pôde contra ele…

Encerrou-o na Bastilha, sem dúvida, mas vocês acham que o Conde iria ficar ali preso? Um homem que manejava os estados Jinas? Por quanto tempo ficaria ali? Estaria em Roma, em Paris, em Londres, por todas as partes, menos na Bastilha. Quando saiu da Bastilha dois meses depois, saiu regiamente, esplendidamente, cheio de ouro e diamantes, sorridente, alegre, diante das multidões (10 mil pessoas o carregaram sobre os ombros).

Foi um triunfador, não é verdade? Dizem que o colocaram na prisão e que nela morreu. Isso é falso! Ninguém sabe o que aconteceu com o Conde Cagliostro…

E que diremos do Conde de Saint Germain, de Altotas, o Grande Iniciado? Ainda vive, sempre combatido, mas jamais vencido. De maneira que, irmãos, vistamo-nos bem e tudo mudará.

Tenhamos um belo carro e teremos uma vida melhor: obviamente, teremos de fabricar este carro. Começaremos pelo corpo astral. Para tanto, isso é necessário, para isso teremos de utilizar o esperma sagrado.

Infelizmente, as pessoas comuns e correntes não sabem apreciar o valor do esperma, o gastam, o extraem miseravelmente do seu organismo. Ali, no entanto, é onde está todo o poder com o qual poderão mudar a totalidade de sua vida e se converterem em Deuses, mas o jogam fora como se fosse nada.

Eles mesmos se arruinam e se condenam à desgraça. Mas, ao transformar esse esperma, ao convertê-lo em energia, as coisas mudam; porque é com essa energia sutilíssima do sexo que vamos elaborar o corpo astral.

Uma vez forjado este corpo, formado, poderemos viajar com ele consciente e positivamente.

Alguém sabe que tem um órgão quando o usa. Sabemos que temos mãos e braços porque os movemos, sabemos que temos pés porque caminhamos com eles, isso é óbvio… Assim também, quando alguém se dá ao luxo de fabricar seu corpo astral, sabe que o tem porque pode usá-lo, porque pode se mover com ele de forma positiva, dinâmica.

Outro tanto ocorre com o mental, há que fabricá-lo através da transmutação do esperma em energia. As pessoas não têm uma mente própria, nós necessitamos criar uma mente individual, própria, e somente pode ser criada através da transformação do esperma em energia.

E por último fabricar o corpo da vontade consciente, para dirigir todas as circunstâncias. Quem é vítima das circunstâncias, não possui o corpo da vontade consciente. Temos que aprender a determinar as circunstâncias, e não que as circunstâncias nos determinem. Aquele que ainda é determinado pelas circunstâncias, é como um lenho jogado nas embravecidas ondas do oceano, é uma vítima de todas as calamidades.

Precisamos aprender a determinar as circunstâncias e isso só é possível criando o corpo da vontade consciente. Cria-se tal corpo com a transmutação do esperma em energia. É com essa sutilíssima energia do Ser que se vai criar o corpo da vontade consciente…

Estes quatro corpos, físico, astral, mental e causal, constituem o carro. Estando o carro totalmente fabricado, falta que entre nele o condutor. Quem é o condutor do carro? Nosso próprio Ser.

Mas o Ser não vai entrar em um carro que não existe; há que criar o carro. Então, quando recebemos o Ser, Ele fica como um Senhor em seu carro, um senhor bem vestido e com um magnífico carro. Bem vestido com os Corpos Existenciais Superiores do Ser, com as vestimentas sagradas, uma carruagem preciosa, já não se é vítima das circunstâncias…

Quem chega a ter estes corpos, deve aspirar um pouco mais, deve cristificá-los. (Muitas obras foram escritas sobre cristificação). Os corpos cristificados são extraordinários. Qualquer sujeito que se cristificou é de fato um Grande Senhor, que pode se dizer que está bem vestido, que já deixou de ser vítima das circunstâncias e de ser perseguido pelas leis do destino, se converte em um Senhor, Senhor no sentido mais completo da palavra…

Em outra época, a humanidade vivia de acordo com certo princípio, que permitia conservar o corpo físico até o momento em que se tivesse fabricado os Corpos Existenciais Superiores do Ser, mas é que então a humanidade cumpria com o Dever Cósmico.

Qual é o dever cósmico? VIVER SEMPRE DESPERTO!

Um indivíduo que lê um livro a quinhentos quilômetros por hora, de página a página, e diz “já sei de tudo”, está arruinando seu cérebro intelectual, não está cumprindo com o Dever Cósmico.

Em nome da verdade, digo isto a vocês: eu quando estudo uma obra, reflito profundamente no parágrafo que estou estudando, medito nesse parágrafo e não passo ao seguinte até ter-me feito consciente dele. Se não o compreendi, não prossigo porque é absurdo. Assim, pois, temos de nos tornar conscientes do que lemos. Isto é parte do Dever Cósmico…

Em seguida, temos o Centro Emocional… Deixar-se levar por emoções violentas é absurdo. Nas arenas de touros vê-se cenas escandalosas: mulheres que no desenfreio de suas paixões tiram suas roupas internas, seus sapatos, e os jogam aos toureiros, ficam completamente loucas; homens fazendo barbaridades e por fim carregando o toureiro nos ombros, como se fosse um grande senhor, quando não é mais do que um pobre tonto…

Nas partidas de futebol são vistas coisas horrendas. Muitas vezes os futebolistas terminam a partida numa batalha campal. Por que? Se examinarmos o motivo, veremos que é imbecil, absurdo.

Há aqueles que justificam o futebol, alguns dizem que devemos o futebol aos antepassados, que os astecas já o jogavam… Há quem diga: sim, aqui era onde tinham as bilheterias, onde vendiam as entradas, e isso é falso!

A bola de futebol representava o sol para os astecas e quando eles jogavam, estavam representando a luta da luz contra as trevas, era um movimento ritual, previamente estudado…

Vejam vocês aqui este quadro que temos na ara. No solo, as lousas brancas e negras representam a luta entre a luz e as trevas. Assim, também o jogo de pelota entre os astecas era uma Liturgia previamente estudada.

Cada movimento correspondia à Liturgia, não havia movimentos a esmo, todos eram previamente traçados. Com todos esses movimentos, simbolizava-se ou alegorizava-se a luta entre os poderes da luz e os das trevas.

Um jogo similar foi estabelecido nas catedrais góticas da Idade Média, na Europa. Tal jogo realizava-se exatamente dentro das catedrais e era parte da liturgia dirigida pelo padre; simbolizava a luta entre os poderes da luz e os das trevas.

Agora, esse joguinho tonto dos futebolistas não tem tradição alguma exceto a de um pobre tonto da Inglaterra a quem ocorreu um dia encher de ar uma bexiga, dessas de rês, depois de borracha, e após tê-la inflado, depois que o globo estava inflado, envolveu-o num pedaço de couro, costurou-o e pôs-se a dar chutes.

Em poucos dias, aconteceu que por todas as partes de Londres a imprensa protestava porque muitas senhoras tinham seus chapéus derrubados por tais bolas, os vidros das janelas quebravam, etc. A polícia interveio, mas não foi possível acabar com esse vício, que se propagou mundialmente. Agora, “é muito sério”, tornou-se “sério”. Tornar séria a tolice de um vagabundo, de um tipo que não tinha trabalho em Londres? Esta é uma das coisas mais estúpidas!

Pergunta: Com que elementos vamos formar os Corpos Existenciais Superiores do Ser?
Samael Aun Weor: Com o Mercúrio. Para a formação dos Corpos Existenciais Superiores do Ser, o Mercúrio só serve se antes foi fecundado pelo Enxofre. É necessário que o Mercúrio seja fecundado pelo Enxofre. Isso é tudo.

4 COMENTÁRIOS

  1. Ótimo texto! Faz um bom conjunto de estudos com o “Mensagens Subliminares”, o “Transformação das impressões e trabalho interno” e “Você e seus problemas”!

  2. e se andarmos com uma pessoa que corre atraz dos outros com espingarda na mão e que fuma um cigarro atrás do outro e que tem traços de mitomania vamos nos tornar um delinquente e mitonomo resulto fracasso.

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