Ashiata Shiemash – O terror da situação

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A Antropologia Gnóstica ensina que cada Raça e que cada Sub-Raça possuem seus mensageiros supremos, ou Avataras. A 3ª Sub-Raça da 5ª Grande Raça Ária (ou Ariana) também teve um grande Avatar, nascido nos tempos áureos da Babilônia. Este Ser da Luz chamou-se Ashiata Shiemash e foi um dos grande guerreiros que lutaram para tentar extirpar a energia egoica enraizada na mente humana. Eis sua história:

O SANTÍSSIMO, ENVIADO DO ALTO PARA A TERRA

Pelo todo-misericordioso mandato de nosso Infinitamente Amoroso Pai Comum Infinito, nossos Mais Elevados e Santíssimos Indivíduos Cósmicos algumas vezes atualizam, dentro da presença de algum ser tricerebrado terrestre, a “concepção definitizada” de um Indivíduo Sagrado para que, tendo se tomado um ser terrestre com tal presença, ele possa compreender a situação in loco e dar uma nova direção adequada ao processo da existência comum desses seres, graças ao qual pudessem transcender nas vidas de suas presenças as consequências já cristalizadas das propriedades do Órgão Kundartiguador, bem como a predisposição para novas cristalizações.

Santíssimo Ashiata Shiemash

Sete séculos antes do apogeu da Babilônia, foi atualizada no corpo planetário de um ser tricerebrado a “concepção definitizada de um Indivíduo Sagrado chamado Ashiata Shiemash, que se tornou um Mensageiro do Alto, e que agora é um dos Altíssimos e Santíssimos Indivíduos Cósmicos Comuns.

A concepção de Ashiata Shiemash tomou forma no corpo planetário de um membro de família pobre, descendente ea raça sumeriana, num vilarejo chamado Pispascana, não muito longe da Babilônia. Ele cresceu e se tomou um ser responsável, vivendo em seu vilarejo e também na Babilônia, que já era uma cidade famosa.

O Santíssimo Ashiata Shiemash foi o único Mensageiro do Alto que conseguiu, através de seus santos trabalhos, criar condições nas quais, por um certo tempo, a existência desses desafortunados seres de alguma maneira se tornou semelhante à existência dos seres tricerebrados com as mesmas possibilidades que habitam outros planetas de nosso grande Universo.

E esse santo foi também o primeiro que, para o cumprimento de sua missão, recusou-se a empregar os métodos costumeiros estabelecidos durante séculos por todos os outros Mensageiros do Alto para os seres tricerebrados daquele planeta.

O Santíssimo Ashiata Shiemash não ensinou ou fez pregações aos seres tricerebrados da Terra, como foi feito antes e depois dele por todos os outros Mensageiros do Alto enviados com o mesmo propósito. Como consequência disso, nada foi guardado de seus ensinamentos que passasse além de seus contemporâneos.

Contudo, informação definida concernente às suas santíssimas atividades passou para os seres das gerações seguintes através daqueles seres conhecidos como “Iniciados”, por meio de certos “legomonismos” de suas deliberações, sob o titulo de O Terror da Situação.

Também foi preservada, do período de suas santíssimas atividades, uma tabuleta de mármore, na qual foram gravados seus conselhos e mandamentos para os seres daquela época. Essa tabuleta é agora a mais preciosa relíquia sagrada de um pequeno grupo de iniciados chamado Fraternidade Olbogmek, que existe no meio do continente da Ásia. O nome Olbogmek significa “não há diferentes religiões, há um só Deus”.

Legomonismo é o nome dado a um dos meios usados para transmitir de geração a geração informações sobre certos eventos do passado remoto, através daqueles seres tricerebrados que se tomaram merecedores de serem chamados de iniciados. Assim, legomonismo é o nome dado à sucessiva transmissão de informações sobre os eventos do passado remoto do planeta Terra de iniciado para iniciado, isto é, entre seres realmente meritórios, transmitindo o que eles receberam de outros seres meritórios como eles.

O LEGOMONISMO CONCERNENTE ÀS DELIBERAÇÕES DO SANTÍSSIMO ASHIATA SHIEMASH, SOB O TÍTULO DE O TERROR DA SITUAÇÃO

‘Em nome da Causa de minha manifestação, eu sempre me esforçarei para ser justo para com toda fonte já espiritualizada e para com todas as fontes de futuras manifestações espiritualizadas de nosso Criador Comum, a Todo-Poderosa Autocrática lnfinitude… Amém.

A mim, uma minúscula partícula do todo do Grande Todo, veio o Mandato do Alto para que fosse recoberto com o corpo planetário de um ser tricerebrado da Terra para ajudar a todos os outros seres aí existentes a libertarem-se das consequências das propriedades daquele órgão que, por grandes e importantes razões, fora implantado na presença de seus ancestrais.

Todos os Indivíduos Sagrados que antes de mim foram internamente atualizados desde o Mais Alto, esforçando-se por esse mesmo propósito, sempre tentaram cumprir a tarefa a eles imposta através de uma ou outra das três vias sagradas para o autoaperfeiçoamento preestabelecidas por nosso Criador Infinito, ou seja, as vias sagradas baseadas nos impulsos do Ser chamados Fé, Esperança e Amor.

Quando completei 17 anos, comecei, por mandato do Alto, a preparar meu corpo planetário para que, durante minha existência responsável, estivesse apto a ser imparcial.

Durante o período de minha autopreparação, eu também tinha a intenção de, assim que atingisse a idade responsável, desempenhar a tarefa a mim imposta através de um ou outro desses três sagrados impulsos do Ser. Mas quando tive a oportunidade de encontrar muitos seres de quase todos os tipos que existiam na cidade da Babilônia, e quando, no curso de minhas observações imparciais, tomei conhecimento de suas várias peculiaridades, surgiu e aumentava progressivamente em mim uma dúvida essencial com relação à possibilidade de salvar os seres tricerebrados deste planeta por qualquer uma dessas três vias sagradas.

As diferentes manifestações dos seres que encontrei não só aumentaram minha dúvida, mas gradualmente me convenceram de que as consequências das propriedades do Órgão Kundartiguador, tendo passado hereditariamente através de muitas gerações, por um período muito longo, estavam ao final tão cristalizadas em suas presenças que chegaram aos seres contemporâneos como parte integrante de sua existência, formando agora uma “segunda natureza” em sua presença comum.

Assim, quando finalmente me tornei um ser responsável, antes de escolher uma dessas três sagradas vias, decidi colocar meu corpo planetário em estado de ksherknora, ou seja, o estado de “percepção completa balanceada de todos os cérebros”, e apenas neste estado eu escolheria o caminho para minhas futuras atividades.

Com esse propósito, subi ao Monte Veziniana, onde durante 40 dias e 40 noites permaneci de joelhos, devotando-me à concentração.

Por um segundo período de 40 dias e 40 noites não comi ou bebi, mas repassei e analisei todas as impressões presentes em mim, de tudo que eu havia percebido durante minha existência aqui no período de minha autopreparação.

Um terceiro período de 40 dias e noites permaneci de joelhos e não comi ou bebi, e a cada meia hora arrancava dois pelos de meu peito.

E só quando me libertei completamente da influência de todas as associações corporais e espirituais (mentais) ligadas às impressões da vida comum comecei a meditar sobre o que fazer.

Essa reflexão de minha razão purificada trouxe-me a certeza de que já era muito tarde para salvar esses seres por qualquer uma das três sagradas vias.

E ficou totalmente claro para mim que todas as genuínas funções dos seres humanos – como são próprias de todos os seres tricentrados de nosso grande Universo – haviam já degenerado em seus ancestrais remotos em outras funções bem diferentes, que estavam entre as propriedades do Órgão Kundartiguador, e eram muito similares às genuínas funções sagradas do Ser da Fé, Esperança e Amor.

E essa degeneração ocorreu porque, como indicam todas as possibilidades, quando o Órgão Kundartiguador foi destruído em seus ancestrais, e eles então puderam adquirir os fatores para os genuínos impulsos sagrados do Ser, dos quais ainda permaneciam neles os resquícios de muitas propriedades do Órgão Kundartiguador, essas propriedades que se assemelhavam aos três impulsos sagrados gradualmente se mesclaram às genuínas.

E, como resultado, os fatores cristalizados em sua psique para os impulsos da fé, esperança e amor, embora similares aos genuínos, eram de alguma forma bem peculiares.

Os seres tricerebrados contemporâneos também às vezes acreditam, amam e esperam, tanto com sua razão quanto com seus sentimentos, mas o modo como eles acreditam, amam e esperam é que é bastante peculiar.

Eles acreditam, mas neles esse impulso sagrado não funciona de forma independente, como ocorre em geral com todos os seres tricerebrados com as mesmas possibilidades nos vários planetas de nosso Grande Universo, mas surge dependendo dos fatores que foram formados em sua presença comum, como sempre devido às consequências das propriedades do Órgão Kundartiguador, como, por exemplo, essas propriedades que eles chamam “vaidade”, “amor-próprio”, “orgulho”, “autoimportância” etc.

Como consequência disso, os seres tricerebrados da Terra estão sujeitos à percepção e fixação em suas presenças de todo tipo de “sinkapoosaranas“, ou, como dizem por lá, “acreditam em qualquer besteira”.

É muito fácil convencer um ser deste planeta de qualquer coisa que se queira, desde que durante a percepção desse assunto absurdo se evoque nele, seja constantemente desde fora ou automaticamente por si mesmo, o funcionamento de uma ou outra correspondente consequência das propriedades do Órgão Kundartiguador cristalizadas nele, formando a sua assim chamada subjetividade, a saber, amor-próprio, orgulho, vaidade, presunção, arrogância etc.

Se essas influências atuam sobre sua razão degenerada e sobre os fatores que atualizam as sensações do Ser, não apenas se cristaliza uma falsa convicção com relação a qualquer absurdo, mas eles irão também, com toda sinceridade e fé, provar veementemente a seus semelhantes que aquilo é verdadeiro e não poderia ser de outra forma.

E de forma igualmente anormal foram moldados neles dados para evocar o sagrado impulso do Amor. Eles amam, mas esse amor deles é também o resultado de certas consequências cristalizadas das propriedades do Órgão Kundartiguador – e esse impulso surge e se manifesta em cada um deles de maneira inteiramente subjetiva.

Se pedíssemos a dez deles para explicarem como sentem esse impulso interior, mesmo supondo que todos respondessem sincera e francamente, levando em conta suas sensações genuínas e não o que leram em algum lugar ou ouviram de alguém, todos os dez dariam respostas diferentes e descreveriam dez diferentes sensações.

Um explicaria essa sensação no sentido sexual, outro no sentido da piedade, um terceiro como um desejo de submissão, um quarto como um interesse comum pelas coisas exteriores, e assim por diante. Mas nenhum deles poderia descrever nem remotamente as sensações do Amor genuíno.

E não poderiam descrevê-lo porque já por um longo tempo nenhum deles teve a menor sensação desse sagrado impulso do Ser do Amor Verdadeiro. E sem esse “sabor, nenhum deles pode ter a menor ideia desse sagrado impulso do Ser, o mais beatífico na presença de todos os seres tricentrados do Universo, que de acordo com a Divina Providência da Grande Natureza, forma em nós aqueles dados que, quando experimentamos seus resultados, podemos descansar na bênção das atividades meritórias que cumprimos no propósito da autorrealização.

Se um desses seres tricerebrados “ama” alguém, é porque esse alguém o encoraja e bajula de forma irrestrita, ou pela mera aparência física ou pela esperança de algum lucro material etc. Mas nunca esses seres amam com um amor genuíno, imparcial e não-egoísta.

E, graças ao tipo de amor que existe nesses seres, sua predisposição hereditária para a cristalização das consequências das propriedades do Órgão Kundartiguador age agora com mais intensidade e se fixa como uma parte integrante de sua natureza.

E, com relação ao terceiro impulso sagrado do Ser, a Esperança, sua condição na presença desses seres tricentrados é ainda pior que a dos outros dois. Esse impulso do Ser, em sua forma distorcida, não só finalmente se adaptou à presença desses seres, mas essa recém-formada e prejudicial esperança, que tomou lugar do impulso do Ser da sagrada Esperança, é agora a principal razão pela qual eles não podem mais adquirir os fatores para o funcionamento dos genuínos impulsos do Ser da Fé, Esperança e Amor.

Em consequência dessa recém-formada esperança anormal, eles sempre esperam por alguma coisa, e isso constantemente paralisa todas as possibilidades que aparecem neles, sejam evocadas intencionalmente desde fora ou surgidas acidentalmente dentro deles, possibilidades que talvez pudessem destruir em sua presença a predisposição hereditária para a cristalização das consequências das propriedades do Órgão Kundartiguador.

Quando voltei do Monte Veziniana para a cidade da Babilônia, continuei minhas observações para descobrir se seria possível ajudar esses infelizes de alguma outra maneira. Depois de um ano de observações de suas manifestações e percepções, ficou claro para mim que, embora os fatores para engendrar em sua presença os impulsos sagrados da Fé, Esperança e Amor houvessem degenerado completamente nos seres deste planeta, o fator que podia engendrar esse impulso do Ser no qual é baseada toda a psique dos seres tricerebrados em geral, isto é, o impulso chamado Consciência Objetiva, ainda não se havia atrofiado neles e permaneça em sua presença quase que em estado primordial.

Graças às condições anormais de vida estabelecidas na existência desses seres, esse fator gradualmente foi levado para o que eles chamam de “subconsciente” e, como resultado, não toma parte no funcionamento cotidiano de sua consciência comum. Então entendi, sem qualquer dúvida, com todas as Partes que formam a totalidade do meu Ser, que apenas se esse fator que ainda sobrevivia em sua presença comum pudesse participar do funcionamento geral da Consciência na vida diária, no que eles chamam de “estado de vigília”, só assim seria possível salvar os seres tricerebrados da Terra das consequências das propriedades do Órgão que fora intencionalmente implantado em seus ancestrais.

E minhas reflexões confirmaram que isso só seria possível se a vida diária desses seres fluísse por um longo tempo sob estas condições favoráveis preestabelecidas.

Quando essas deliberações foram totalmente transubstanciadas em mim, decidi consagrar-me totalmente à criação aqui de tais condições, para que o funcionamento da sagrada Consciência, que ainda sobrevivia no subconsciente deles, pudesse gradualmente passar para o funcionamento de sua consciência cotidiana.

“Que as bênçãos do Todo-Poderoso, Infinitamente Amoroso Pai Comum, Único Ser e Criador Infinito possam estar sobre minha decisão. Amém”.

E assim termina o legomonismo concernente às deliberações do Santíssimo e Incomparável Ashiata Shiemash, sob o título de O Terror da Situação.

A tabuleta de mármore, a única que por sorte permaneceu intacta desde o tempo de suas santíssimas atividades, como principal relíquia sagrada da Fraternidade Olbogmek, continha a seguinte inscrição:

FÉ, AMOR E ESPERANÇA

Fé da Consciência é liberdade.
Fé do sentimento é fraqueza.
Fé do corpo é estupidez.

Amor da Consciência evoca o mesmo em resposta.
Amor do sentimento evoca o oposto.
Amor do corpo depende só do tipo e da polaridade.

Esperança da consciência é força.
Esperança do sentimento é escravidão.
Esperança do corpo é doença.

É bom esclarecer alguns aspectos sobre a degeneração do impulso da esperança, que o Santíssimo Ashiata Shiemash assinalou como tendo se tornado mais prejudicial que os outros dois.

Graças à esperança anormal desses seres tricerebrados do planeta Terra, surgiu entre eles uma doença muito singular e curiosa, com a propriedade de se desenvolver– uma doença chamada “amanhã”.

Essa estranha doença trouxe os mais terríveis resultados, particularmente para aqueles infelizes seres tricerebrados que tiveram a oportunidade de aprender e tornarem-se categoricamente convencidos de que possuíam algumas consequências indesejáveis e que, para livrarem-se dessas consequências, era indispensável para eles fazer certos esforços, que eles até sabem como fazer, mas nunca conseguem fazer, devido a essa “Enfermidade do Amanhã“.

Essa doença não só os impede totalmente de eliminar de suas presenças as consequências do Órgão Kundartiguador, mas também torna difícil para muitos deles desempenhar honestamente aquelas obrigações indispensáveis à existência comum e corrente desses seres. Graças a essa “doença do amanhã”, esses seres quase sempre deixam “para depois” tudo o que é preciso fazer no momento, convencidos de que “depois” eles vão fazer mais e melhor.

Até aqueles infelizes que, seja por sorte ou devido a uma ação consciente desde fora, chegam a reconhecer sua completa nulidade e chegam a aprender os esforços conscientes que devem ser feitos e como fazê-los para se transformarem; até esses seres, sempre deixando para amanhã, quase todos chegam ao ponto em que, um triste dia, surgem e se manifestam neles aqueles prenúncios da velhice conhecidos como fraqueza e debilidade.

A ORDEM DA EXISTÊNCIA CRIADA PARA OS HOMENS PELO SANTÍSSIMO ASHIATA SHIEMASH

Quando, depois de suas meditações, o Santíssimo Ashiata Shiemash desceu do Monte Veziniana com um plano já definido para suas atividades, dirigiu-se para a cidade de Djoolfapal, capital de um país chamado Kurlandtech, situado no meio do continente da Ásia.

Chegando lá, entrou em contato com os membros da Fraternidade Tchaftantoon, cujo nome significava “Ser ou não ser de uma vez”. Essa fraternidade havia sido fundada cinco anos antes por dois terrestres que se tomaram verdadeiros Iniciados. Um se chamava Poundoliro e o outro Sensimininko.

Esses dois seres primeiramente tiveram uma suspeita, que depois se tornou uma convicção, de que havia alguma coisa indesejável em sua organização psíquica, e decidiram trabalhar para eliminar esse “algo indesejável de sua psique. Assim, procuraram outros seres que também tinham esse propósito e fundaram a mencionada Fraternidade.

Assim, após chegar a Djulfapal, o Santíssimo Ashiata Shiemash estabeleceu relações com os membros dessa Fraternidade, que já estavam trabalhando para corrigir suas anormalidades psíquicas. Ele então começou a iluminar a Razão desses seres, através de ideias objetivamente verdadeiras, e guiá-los de maneira que pudessem sentir essas verdades, sem a participação dos fatores indesejáveis já cristalizados em suas presenças ou dos fatores que poderiam surgir como resultado das percepções externas recebidas das condições de vida anormais já estabelecidas.

Enquanto iluminava os membros da Fraternidade Tchaftanturi, o Santíssimo Ashiata Shiemash enviou membros dessa Fraternidade a vários lugares para que, sob sua orientação, pudessem espalhar a ideia de que no subconsciente de todos os homens estão presentes os dados manifestados desde o Alto para engendrar neles o divino impulso da Consciência; e que apenas aquele que estivesse capacitado a deixar esses dados participarem do funcionamento de sua consciência diária teria, no sentido objetivo, o direito de ser chamado e de realmente ser um Genuíno Filho de nosso Pai Criador Comum.

Essa verdade objetiva foi primeiro divulgada entre os monges de muitos monastérios nos arredores da cidade e em seguida para todos os habitantes em geral. Como resultado dessa pregação, eles selecionaram 35 noviços sérios e bem preparados para a Fraternidade Heeshtvori.

Assim, durante um ano, Ashiata Shiemash continuou a iluminar os antigos membros e ainda os 35 noviços, para que se tomassem merecedores de ser irmãos da Ordem com plenos direitos.

De acordo com os estatutos elaborados por Ashiata Shiemash, qualquer um deveria, para se tomar um irmão com plenos direitos, além de atingir certos méritos objetivos, estar apto a dirigir conscientemente o funcionamento de sua psique até atingir o estado de saber como convencer a cem outros seres e provar a eles que o fator para o impulso da Consciência Objetiva existe no homem; e como esse impulso deve ser manifestado para que o homem possa cumprir com a meta e o sentido reais de sua existência, e ainda convencê-los de que cada um deles teria, por sua vez, de atingir a necessária “intensidade de aptidão” para convencer a não menos que outros cem.

Durante esse período, então, começou a se espalhar entre os habitantes da cidade e dos arredores a ideia verdadeira de que na presença comum de todos os seres humanos existem os dados para a manifestação do divino impulso da Consciência, mas que esse impulso não toma parte na consciência da vida diária. Por causa de certas manifestações que trazem satisfações imediatas, destinadas a ser pagas mais tarde, e ainda várias vantagens materiais, mas gradualmente atrofiam os dados colocados em suas presenças pela Natureza para evocar nos outros seres em volta deles o impulso objetivo do Divino Amor.

Quando a organização da primeira Fraternidade Heeshtvon, na cidade de Djulfapal, foi mais ou menos completada e estabelecida, de forma que a continuação dos trabalhos pudesse seguir de forma independente, o Santíssimo Ashiata Shiemash tratou de selecionar entre os irmãos com plenos direitos aqueles que tivessem começado, conscientemente por sua Razão e inconscientemente por seus sentimentos, a sentir esse divino impulso; e que haviam se convencido totalmente de que, através de certos trabalhos sobre si mesmos, esse divino impulso do Ser deveria se manifestar e se tornar uma parte integrante de sua consciência diária. Esses seres selecionados foram chamados de “iniciados do primeiro grau” e Ashiata Shiemash começou a instruí-los separadamente com relação a certas verdades objetivas até então desconhecidas para os seres tricerebrados do planeta Terra.

E esses “iniciados do primeiro grau” que foram separados dos outros foram os primeiros a ser chamados de “Grandes Iniciados”.

E para esses “Grandes Iniciados” o Santíssimo Ashiata Shiemash explicou detalhadamente, entre outras coisas, o que é esse impulso do Ser da Consciência Objetiva e como os fatores para a sua manifestação surgem na presença dos seres tricerebrados.

E com relação a isso ele disse o seguinte:

“Os fatores para o impulso do Ser da Consciência Objetiva surgem nos seres tricerebrados da localização em sua presença das partículas das “emanações de dor” de nosso Todo-Amoroso e Antigo Sofredor, o Pai Infinito; é por isso que a fonte de manifestação da genuína Consciência nos seres tricentrados é algumas vezes chamada de “Representativo do Criador”.

E essa dor é formada em nosso Unissustentador Pai Comum da constante luta existente no Universo entre alegria e tristeza.

Em todos os seres tricentrados do Universo, sem exceção, inclusive nós, homens, devido aos dados cristalizados em nossa presença comum para engendrar em nós o divino impulso da Consciência, “todos nós” e o todo de nossa Essência são e podem ser apenas sofrimento.

E nós devemos estar sofrendo, porque esse impulso do Ser pode chegar à sua completa manifestação em nós apenas através da constante luta entre dois “complexos de funcionamento” absolutamente opostos, surgindo de duas fontes e origens totalmente opostas, a saber, entre os processos de funcionamento do nosso corpo planetário e, paralelamente, os processos de funcionamento que surgem progressivamente dentro desse nosso corpo planetário da formação e aperfeiçoamento de nossos Corpos Existenciais Superiores do Ser, processos que em sua totalidade atualizam todos os tipos de Razão Objetiva nos seres tricentrados.

Consequentemente, nós, homens existindo no planeta Terra, como todos os seres tricentrados do nosso Grande Universo, devido à presença em nós também dos fatores para engendrar o impulso divino da Consciência Objetiva, devemos sempre inevitavelmente lutar com os dois funcionamentos absolutamente opostos que surgem e se processam em nossa presença comum,
e cujos resultados são sempre sentidos por nós como “desejos” ou como “não desejos”.

E apenas aquele que ajuda conscientemente o processo dessa luta interna, e ajuda conscientemente os “não-desejos” a prevalecerem sobre os “desejos”, comporta-se de acordo com o Ser de nosso Pai Criador Comum, enquanto aquele que conscientemente se esforça no sentido contrário apenas aumenta “Sua dor”.

Assim, antes de que se passassem três anos, todos os seres que viviam na cidade de Djulfapal, bem como em vários países da Ásia, não só sabiam que em seu interior existia o divino impulso do Ser da genuína Consciência e que era possível que esse impulso tomasse parte de sua vida durante o estado de vigília; em todas as Irmandades do grande profeta Ashiata Shiemash, os iniciados e sacerdotes estavam elucidando e indicando o que deveria ser feito para que isso acontecesse. E, mais do que isso, quase todos eles começaram a se esforçar para se tomar também sacerdotes da Irmandade Heeshtvon, da qual muitas ramificações foram fundadas em toda a Ásia, cada uma funcionando independentemente.

Assim, quase todos os seres daquela época queriam e começaram a se esforçar para que a Consciência Objetiva se manifestasse em sua vida diária no “estado de vigília”, trabalhando sobre si mesmos, sob a guia dos Iniciados da Fraternidade Heeshtvon, para transferir para sua consciência diária os resultados dos dados presentes em seu subconsciente para engendrar o divino impulso da genuína Consciência, e assim teriam a possibilidade de remover completamente de si mesmos as consequências das propriedades do Órgão Kundartiguador, prejudiciais não só para eles pessoalmente, mas também para as subsequentes gerações. E, por outro lado, teriam também a possibilidade de contribuir conscientemente para diminuir a dor de nosso Pai Comum Infinito.

Quando foram surgindo os resultados dos trabalhos de Ashiata Shiemash, grandes transformações ocorreram entre os seres tricerebrados do planeta Terra, tanto no aspecto pessoal como na vida em comum desses seres.

Esses seres passaram a se comportar uns com os outros como manifestações, diferentes apenas em grau, de um Único Criador Comum, e mostravam respeito uns aos outros de acordo com méritos pessoalmente adquiridos, por meio do “Dever Parlog do Ser”, isto é, por meio de trabalhos conscientes e padecimentos voluntários.

E foi por isso que, durante aquele período, desapareceram as duas mais prejudiciais formas de existência que existiam entre eles, a saber, a divisão entre países e a divisão entre classes ou castas.

E, naquela época, todos os seres tricerebrados daquele planeta passaram a considerar a si mesmos e a seus semelhantes simplesmente como seres trazendo em seu interior partículas das emanações de dor de nosso Pai Criador Comum.

E tudo isso aconteceu porque os dados existentes neles para a formação da Consciência Objetiva passaram a tomar parte do funcionamento da vida comum no chamado “estado de vigília”; então esses seres tricerebrados começaram a se relacionar uns com os outros baseados unicamente na Consciência. Como consequência, os senhores libertaram seus escravos e os detentores do poder renunciaram a seus direitos imerecidos, reconhecendo e sentindo com a Consciência que exerciam esses direitos e ocupavam essas posições não para colaborar com o bem comum, mas apenas para a satisfação de suas fraquezas, tais como vaidade, amor-próprio, autoindulgência etc.

É óbvio que continuaram a existir os “chefes”, “diretores” e “conselheiros especiais”, mas, assim como em todos os planetas do Universo habitados por seres tricerebrados de vários graus de autoaperfeiçoamento, eles ocupavam essas posições de acordo com as diferenças de idade e do que é chamado de “poder essencial”, e não por direito hereditário ou por eleições como sempre aconteceu antes e depois da época Ashiatiana, e como acontece hoje em dia.

Todos esses chefes, diretores e conselheiros se tomaram tais de acordo com os méritos objetivos que eles pessoalmente adquiriram e que podiam ser percebidos como reais por seus semelhantes.

Todos os seres daquele planeta começaram a trabalhar para atualizarem si mesmos a função divina da genuína Consciência.

Assim como em qualquer lugar do Universo, eles começaram por transubstancializar em si mesmos certos esforços fundamentais do Ser, a saber:

– O primeiro é o esforço para ter na vida tudo o que for realmente necessário e satisfatório para o corpo planetário.
– O segundo, ter uma constante e persistente necessidade instintiva de aperfeiçoar-se no sentido do Ser.
– O terceiro é o esforço consciente para conhecer cada vez mais e mais sobre as leis que criam e organizam o mundo.
– O quarto é esforçar-se, desde o começo da própria existência, para pagar o mais rapidamente possível pelo próprio desenvolvimento e individualidade, para que logo se esteja livre para aliviar, o tanto quanto possível, a dor de nosso Pai Comum.
– E o quinto, o esforço para ajudar sempre os outros seres, tanto os semelhantes quanto os de outras formas, a se aperfeiçoarem, o mais rapidamente, até o grau do sagrado “Martfotai“, isto é, até o grau da autoindividualidade.

Assim, de todos os que trabalhavam conscientemente sobre si mesmos, de acordo com esses pontos fundamentais, alguns se destacaram por logo atingir certos méritos objetivos, que, sem dúvida, atraíram a atenção dos outros. Esses seres que se destacaram eram então naturalmente procurados pelos outros, que queriam suas indicações e conselhos, para que pudessem se aperfeiçoar também.

E esses seres que se destacaram escolheram entre eles aquele que tinha atingido o mais alto grau de Consciência para que fosse o chefe de todos. E suas instruções e orientações passaram então a circular por todo o planeta, e eram seguidas com devoção e alegria.

Por isso mesmo, durante essa época Ashiatiana, os seres do planeta Terra se desenvolveram de maneira semelhante aos de outros planetas de nosso Grande Universo. Os resultados dos trabalhos de Ashiata Shiemash também tiveram uma repercussão definida sobre aquela terrível manifestação, peculiar aos terrestres, o irresistível impulso periódico de destruírem-se reciprocamente.

Em outras palavras, durante todo esse período não houve guerras no planeta Terra.

Porém, o mais assombroso e significante resultado das santíssimas atividades de Ashiata Shiemash foi que, durante aquele período, a duração da existência desses seres se tornou um pouco mais normal, isto é, começou a aumentar, enquanto o que eles chamam de taxa de mortalidade decaiu significativamente. Ao mesmo tempo, também decaiu significativamente a taxa de natalidade ou de nascimentos.

Dessa maneira, ficou demonstrada praticamente uma das leis cósmicas, conhecida como Lei do Equilíbrio das Vibrações, isto é, vibrações emanadas da evolução e involução das substâncias cósmicas requeridas pelo Trogoautoegocrático Cósmico Comum.

O declínio de ambas as taxas, de nascimentos e de mortes, ocorreu porque sua existência foi se tornando uma existência normal para seres tricerebrados e eles começaram a irradiar vibrações correspondentes às requeridas pela Grande Natureza e, graças a isso, a Natureza tinha menos necessidade daquelas vibrações (Askokin) que são obtidas da destruição da existência dos seres.

E assim, graças aos trabalhos conscientes do Santíssimo Ashiata Shiemash, gradualmente foi criado um bem-estar sem precedentes para os habitantes da Terra.

Mas, para a tristeza infinita de todos os indivíduos de pensamentos mais ou menos conscientes, nos vários graus da Razão, logo após a partida do Santíssimo Ashiata Shiemash, esses infelizes (assim como fizeram com todas as verdadeiramente boas aquisições de seus ancestrais), destruíram tudo; destruíram e apagaram da face do planeta todos os benefícios, de tal forma que aos seres contemporâneos não chegaram sequer rumores ou vestígios de que tal bênção tenha uma vez existido sobre a Terra.

Nota do GnosisOnline: Coube, no início do século 20 d.C., a alta honra de trazer de volta os ensinamentos de Ashiata Shiemash ao grande Iniciado George Ivanovich Gurdjieff, ou Mestre G.

E ao VM Samael Aun Weor, a alta honra de elevar a uma “oitava superior” os ensinamentos de Mestre G.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Lamentável que estejamos assim, desde há muito, tão identificados com o caos… Louvável tem sido o supremo esforço dos Veneráveis Mestres em nos liberar… e também sua persistência, advinda de um Oceano de Amor Infinito…! Graças à todos os trabalhadores incansáveis de Deus!…

  2. Apreciei muito a transcrição do capítulo sobre o Santíssimo Ashiata Shiemash, se não me engano o Capítulo 26 do livro de G. I. Gurdjieff intitulado “Relatos de Belzebu a Seu Neto”. Só achei estranho o postador não ter citado nem a fonte nem haver esclarecido que se trata de um livro de ensinamento esotérico, mas em forma de ficção. Do jeito que está aqui, dá a impressão que existiu um santo tal em tal lugar etc. Por ser ficção é que é difícil entender a mensagem, mas vale muito a pena.

    • Não, Aurora, há um engano de muitos seguidores de Gurdjieff.
      Todos os estudantes gnósticos conhecem e sabem da importância desse grande mestre e seus instrutores sufis.
      O venerável mestre Gurjieff NÃO ENSINOU FICÇÃO, MAS REALIDADES TRANSCENDENTAIS, inteligíveis somente pelos Centros Intelectual Superior e Emocional Superior.
      Esse Santo existiu sim e foi o AVATAR DA BABILÔNIA, assim como cada nação teve seu “guia”.
      Os ensinamentos de Gurfieff sobre o Órgão Kudartiguador (ou Kundabüffer), os Centros da Máquina Humana, os Eus Psicológicos etc. são aceitos E APERFEIÇOADOS pela Gnose do VM Samael!!!

    • A Psicologia do 4º Caminho ensina que o ser humano tem na verdade 3 cérebros, e não somente o cérebro propriamente. São 3 baterias onde se concentram 3 graus distintos de energia psíquica: o cérebro intelectual localiza-se principalmente na cabeça; o cérebro emocional, localizado principalmente na barriga e no peito; e o cérebro insintitivo-motriz, radicado na coluna vertebral. São concentrações de energias psíquicas que nos dão a manutenção da vida…

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