Terceira cátedra – A origem do animal intelectual

6
7066

Chegou a hora de se fazer certas análises com relação ao homem. Em nome da verdade, tornamos a afirmar que a antropologia meramente materialista nada sabe sobre a origem do homem. Em cátedras passadas, fizemos alguns estudos sumários; agora vamos nos aprofundar um pouco mais nessa questão.

Pensemos por um momento nos tempos mesozoicos do nosso mundo, na era dos répteis. Na verdade o homem já existia antes. Claro que a antropologia materialista o nega. Mas, na verdade, a antropologia meramente profana desconhece a origem real do ser humano. A antropologia materialista não quer que o homem exista antes da era quartenária; nega-lhe a possibilidade de ter existido durante o período cenozoico, o que resulta manifestamente absurdo.

No entanto, há coisas que deixam alguém pensando: por que certas espécies como o plesiossauro e o pterodáctilo puderam sobreviver durante tanto tempo e no fim morreram, deles sobrando nada mais que restos em alguns dos principais museus?

Apesar de essas espécies terem falecido, terem se extinguido da superfície da terra, como o homem seguiu existindo? Por que se extinguiram todas as espécies da era mesozoica? Como é que os seres humanos não se extinguiram? Tantas espécies desapareceram e os seres humanos continuam vivos, como é isso? Que explicação poderia dar a ciência materialista? É lógico que não dá nenhuma. Obviamente, a espécie humana deveria ter desaparecido. Se os seus contemporâneos desapareceram, também os seres humanos deveriam ter sido eclipsados da face da terra, porém continuam.

Isto nos permite inferir a existência do ser humano bem antes da era quaternária e ainda bem antes da época dos répteis ou da idade carbonífera. Temos os direito de discutir a existência dos seres humanos em tempos que estão além do período mesozoico. Tal direito confere-nos precisamente o fato concreto de que todas as espécies da era terciária e quaternária tenham desaparecido e, no entanto, seu contemporâneo, o homem, prossiga sua existência.

Se as outras espécies se esfumaram, por indução devemos dizer que o animal intelectual chamado homem, por não ter desaparecido, deve ter existido além da era mesozoica e da idade carbonífera. Os fatos o estão demonstrando; fatos são fatos e diante deles temos de nos render.

Em 1971, Mike Turnage descobriu 572 pegadas de dinossauros no Rio Paluxy em Glen Rose, no Texas (EUA). O estranho é que foram achadas pegadas humanas da mesma época que esses dinossauros

Uma coisa é terrivelmente certa; a Bíblia fala-nos por exemplo de serpentes voadoras e Jó cita ao Leviatã. O Zohar afirma de forma enfática que a serpente tentadora do Éden era um camelo voador. Não será demais recordar que na Alemanha se encontrou uma espécie de camelo voador. Refiro-me aos restos fósseis que puderam ser perfeitamente organizados pelos antropólogos. Tem 78 pés de altura, é gigantesco, possui um pescoço comprido semelhante ao dos camelos e está provido de asas membranosas. Quando se observa o corpo daquele restos fósseis, pode-se evidenciar que, na verdade, se trata de uma serpente voadora, semelhante ao camelo quanto ao seu longo pescoço.

Seria talvez o Leviatã? Que diriam a respeito os antropólogos? Obviamente, esse sáurio ou, melhor diríamos, mosassauro é no fundo unicamente o que sobrou daquilo que foram as serpentes voadoras dos tempos arcaicos da nossa Terra. Concluiremos dizendo que o mosassauro tem mais relação com os ofídios do que com os lacertílios.

Aprofundemo-nos na questão. Há muitos aspectos nesse campo da antropologia. Na Biblioteca Imperial de Pequim havia umas pinturas nas quais se observava alguns plesiossauros e alguns pterodáctilos. Perguntamos: Como é possível que os antigos, que nada sabiam de paleontologia ou de paleontografia conhecessem espécies já extintas da época dos répteis?

O antes exposto seria algo sem explicação se não fosse a possibilidade de o cérebro humano poder desenvolver certas capacidades e faculdades do tipo transcendental. Faculdades que permitem o estudo da história da natureza e do homem no fundo mesmo das memórias que jazem ocultas em tudo que é, foi e será.

Na realidade, na verdade, meus estimados amigos, temos de saber que o homem atual de modo algum é o homem real. Na única coisa que poderíamos estar de acordo com os antropólogos profanos é na questão do animal intelectual. Que este venha desde a era quaternária ou dos finais da era terciária é algo que de modo algum negaríamos.

Antes de tudo, convém se fazer uma plena diferenciação entre o homem e o animal intelectual. O homem verdadeiro existiu antes da idade carbonífera e dos tempos mesozoicos. Esse homem verdadeiro viveu na época dos répteis também. Infelizmente, algum desses seres humanos autênticos degeneraram terrivelmente no final da era terciária, durante o mioceno.

Misturaram-se absurdamente como já foi por mim dito com alguns animais selvagens e desse cruzamento resultaram certos símios gigantescos. Por sua vez, esses espécimes misturaram-se com outras bestas subumanas e disso tudo resultaram os macacos que conhecemos e certas evoluções de alguns tipos de humanoides.

Tais humanoides seguiram se reproduzindo incessantemente durante a era quaternária. E também depois, nesta época em que nos encontramos. Esses humanoides são, pois, a humanidade atual, mistura de homens autênticos com animais da natureza. Agora sim se poderá ver a diferença que há entre os homens reais da primeira, segunda e terceira raças e os animais intelectuais da quarta e quinta raças, sendo esta última a em que nos encontremos. Mas, não devemos desanimar por causa disso. Os germes para o retorno ao homem estão nas glândulas sexuais; não há quem não os carregue, posto que são resultado do homem com o animal.

Se o homem contém tais germes, existe a possibilidade de que se eleve ao verdadeiro estado humano. Isso sim… Há que se trabalhar com estes germes. Há que se conhecer os mistérios do sexo para se poder criar o homem autêntico dentro de cada um.

Infelizmente, os antropólogos materialistas creem que são homens. Desconhecem completamente os mistérios do sexo e inventam múltiplas teorias sobre a origem da humanidade. Nenhuma dessas teorias pode dar resultados úteis. Penso que todas as especulações dos antropólogos materialistas estão causando um dano gravíssimo aos povos.

Cada vez mais, são descobertas pegadas de dinossauros ao lado das de seres humanos. Como a ciência acadêmica explica?

É lamentável que a antropologia materialista esteja corrompendo a raça humana, que já está bastante degenerada e com essas fantasias cada dia se degenera mais.

Nós como gnósticos e antropólogos, temos de julgar severamente aos antropólogos materialistas, esses que dizem só acreditar no que veem e no entanto estão a crer no que não viram, em utopias tão absurdas quanto aquela de que somos filhos do ratão ou a de que nosso antepassado mandril foi um elegante cavalheiro. Temos de procurar a origem desta quinta raça humana à qual pertencemos pela Caxemira, pelo planalto central do Tibet, pelo Euxímio etc.

Não quero afirmar que as regiões citadas tenham sido o único berço da raça atual, porém em nome da verdade, há que se dizer que tais lugares da Terra foram muito importantes para a origem da raça humana. Refiro-me especificamente à pessoas da quinta raça.

Existiram cinco raças no mundo que correspondem a cinco épocas diferentes. Em primeiro lugar, vem a raça protoplasmática, depois os hiperbóreos, seguem-se os lemurianos, os atlantes e por fim vem a nossa raça ariana. Nós iremos desenvolvendo através destas cátedras a história de cada raça, ainda que de forma rápida, juntando uma descrição dos cenários nos quais se desenvolveram. Agora, limito-me a dizer que os homens da primeira raça moravam na calota polar norte, na Ilha Sagrada. Naqueles tempos, a calota polar norte ocupava a zona equatorial.

Inquestionavelmente, a forma de vida daquela raça era bem diferente da atual e sobretudo a antropologia materialista na da conhece dela. Ainda mais, estas afirmações em nada concordam com a famosa Pangaea ou grande continente primitivo. Portanto, ao dizermos tais declarações, nos expomos à zombaria dos antropólogos profanos. Eles desconhecem totalmente a mecânica celeste.

Não sabem que existe um processo de revolução dos eixos terrestres. Pensam que a Terra manteve sempre a mesma posição com relação ao Sol. É óbvio que por tal motivo inventaram a sua Pangaea, posto que lhes resulta mais cômodo do que estudar astronomia.

Os hiperbóreos viveram nessa ferradura que rodeia o polo norte. A Inglaterra e até a Irlanda pertenceram às terras dos hiperbóreos. Também fazia parte o Alasca, pois que todas essas regiões formam uma ferradura em torno da calota polar norte.

A Lemúria existiu mais tarde, no Oceano Pacífico; era um enorme continente que cobria toda a área do Pacífico.

Quanto à Atlântida, esta existiu depois no local onde está o oceano que leva seu nome.

Portanto, a fisionomia do globo terrestre mudou muitas vezes. Cinco aspectos ou cenários teve o mundo, nos quais se desenvolveram cinco raças. Não podemos aspirar a que os senhores da antropologia materialista aceitem tudo isto. Inquestionavelmente é algo impossível porque eles pensam que sabem tudo, quando não somente ignoram, como ainda, isto é o pior, ignoram que ignoram.

Os sequazes do absurdo propõem-se a atacar a gênese bíblica. Em seu afã anticlerical inventaram essas especulações que abundam por aqui e acolá. Não querem sequer entender o que significa a palavra Éden. Em sua etimologia, embasada numa raiz grega que a explica, Éden quer dizer VOLUPTUOSIDADE. Assim, pois, Éden quer dizer VOLUPTUOSIDADE.

O Éden é o próprio sexo. Toda a gênese da Bíblia é uma obra de alquimia que nada tem a ver com relatos históricos.

Aquele Éden que outrora se situou na Mesopotâmia, entre o Tigre e o Eufrates, converteu-se mais tarde na escola dos magos da Caldeia, os aleim. Esse Éden tem alguma relação com o famoso Adi-Vareha dos antigos lemurianos e até com o Jardim da Hespérides do continente atlante.

O Éden é o sexo, mas isto os antropólogos do materialismo jamais aceitariam e muito menos os grandes Mistérios Sexuais da Caldeia, da Índia, da Babilônia, do México e do Egito.

Na Lemúria, a reprodução efetuava-se pelo sistema de kriyashakti. Isto ocorreu durante a época do mesozoico, muito antes de a raça humana cair na geração animal. Bem sabemos nós que essa raça caiu no período terciário, ou seja, durante a época do Mioceno.

Os verdadeiros homens da era mesozoica reproduziam por kriya shakti, o poder da vontade e da inteligência. Eles eram homens legítimos e seu sistema de reprodução não seria aceito modernamente pelos intelectuais. O kriya shakti, o sistema de reprodução dos homens verdadeiros, é um sistema sagrado que causaria riso e repulsa entre os antropólogos materialistas; sentir-se-iam como que ofendidos.

Nessa época, o sexo era considerado sagrado e jamais se ejaculava o esperma santo. O esperma era considerado como matéria venerável. Um único esperma que escapasse tornava a matriz fecunda. A raça humana possuía ingentes poderes e faculdades extrassensoriais que lhes permitiam conhecer as maravilhas do universo e do cosmos.

Por isso, diz-se que viviam em estado paradisíaco. Porém, quando o homem caiu na geração animal, isto é, quando começou a ejacular a entidade do sêmen, precipitou-se na involução. Isso aconteceu na terceira parte do Eoceno. Foi nessa época que o homem caído chegou a se misturar com animais. Daí nasceu o animal intelectual.

Antiquíssimas pedras encontradas na região da Ica, no Peru, mostram homens se relacionando com dinossauros

Definitivamente, o animal intelectual não poderia jamais aceitar o sistema de reprodução por kriyashakti precisamente por sua condição animal. O sistema de kriya shakti não é para animais intelectuais e sim para homens. Trata-se de dois reinos bem diferentes. Assim que, não surpreende a nós que os animais intelectuais da antropologia materialista repilam este sistema de reprodução.

Como quer que, apesar de tudo, os germes do homem estão em nossas glândulas endócrinas, é óbvio que, se trabalharmos com o sistema de kriya shakti, poderemos regenerar o cérebro e desenvolver dentro da natureza fisiológica e psicossomática ao homem real, ao homem verdadeiro. Porém, repito, isto não agrada aos animais intelectuais.

A Gnose difundiu por todas as partes os mistérios do sexo. Se bem que o gnosticismo universal tenha aceitado o sistema de reprodução por kriya shakti, também não é menos certo que milhões de animais intelectuais o rechaçaram e não podemos criticá-los, posto que são isso: animais intelectuais, produto da relação sexual de certos homens que degeneraram na época terciária com animais da natureza.

Como poderia esse produto de homens e animais aceitar um sistema sexual que não lhes pertence? Impossível! Assim que, vale a pena refletirmos um pouco.

Vamos agora entrar num tema bastante importante a fim de que reflitam sobre ele. Afinal de contas, de onde surgiram as espécies vivas? De onde surgiu esta natureza? Por que teríamos de aceitar o dogma da evolução? Chegou o momento de nos aprofundarmos um pouco nessa questão.

Em minha segunda cátedra, disse que a espécie humana havia se desenvolvido em outras dimensões. Afirmei também que os senhores materialistas não aceitavam as dimensões superiores. Eles querem manter-nos à força no dogma tridimensional de Euclides; são como o porco que a todas as horas quer estar na pocilga e não saber de nada que não se pareça com ela.

Porém, nós não aceitamos dogmas. A eles não lhes consta todas as crenças que afirmaram, como a de que o homem venha do macaco. Darwin nunca disse que o homem vinha do macaco. Ele apenas afirmou que o homem e o macaco tinham um antecessor comum, logo Darwin abriu uma porta e nada mais.

Charles Robert Darwin nunca se conformou com o relato bíblico da Criação, pois Deus aparecia como um castigador dos não crentes. No entanto, não quis que Marx lhe dedicasse a edição inglesa de O Capital porque não desejava que seu nome ficasse vinculado aos ataques à religião. Não obstante, ele sempre conservou uma fé vaga na Divindade.

Nos estados de dúvida extrema nunca foi ateu. Isto é, nunca negou a existência de um Deus, declara em sua autobiografia. Sentia horror por tudo o que fizesse sofrer a outrem. Não admitia o sofrimento que o patrão infligia no escravo ou um homem a um animal. Dito horror foi uma das causas que o levaram a abandonar a religião. Darwin não era materialista; investigava. Ele apenas abriu uma saída. Isso é tudo.

A nós cabe aproveitar essa porta e mergulhar no mistério. Se tudo o que há até agora são hipóteses, como diz Haeckel, quem na verdade assegura de forma enfática que a geologia ou a filogenia sejam ciências exatas?

Se as teorias de um dia desaparecem no outro, se os senhores estão afirmando o que nunca viram , se estão mentindo dessa forma, então não podemos nem devemos dar-lhes crédito. Portanto, temos que apelar à sabedoria dos antigos ensinada pelo gnosticismo . Que a raça humana tenha se desenvolvido em outras dimensões, isso é um impossível para a ciência materialista, porém uma realidade para os gnósticos.

Se os antigos sábios podiam falar do plessiossauro, se podiam mencionar a diferentes feras da época dos répteis primitivos e ainda mais do período carbonífero sem saber de paleontologia, sem ter esse jargão na cabeça, é porque possuíam faculdades extraordinárias, que podem ser desenvolvidas e que residem no cérebro humano.

Os antropólogos materialistas poderiam afirmar que já conhecem o cérebro humano? É óbvio que não! Ademais, afirmo que nem a ciência médica conhece o corpo humano. Acreditam que conhecem, porém não o conhecem.

Mas, enfim, qual é a origem da humanidade, da Terra, das raças e da natureza? De tudo o que foi, é e será? Isto é o que temos para refletir agora.

Que nos dizem os nahoas sobre o omeyocan? O que é omeyocan? Diz-se que no omeyocan só há vento e trevas. Assim afirmam os nahoas. Chama-se o omeyocan, devido ao vento e às trevas, também de yoalli ehecatl e isto nos deve convidar a refletir.

Que nos diria o mundo oriental sobre o omeyocan, os eruditos do nosso país e os ocidentais? Uma vez estive falando sobre o que é a matéria em si mesma. Disse que sua forma podia ser destruída, mas que como substância a matéria continuava em outras dimensões e que, por fim, a Terra, a substância ou o germe da Terra era depositado no espaço profundo do universo, na dimensão zero desconhecida. Também afirmei que essa substância era o Iliaster. A semente ficaria depositada nas profundezas do espaço infinito esperando a hora de uma nova manifestação cósmica. Assim quando morre uma árvore, fica sua semente e nela estão todas as possibilidades para um novo desenvolvimento, para uma nova árvore.

Quando um mundo morre, resta uma semente ou matéria homogênea, insípida, incolor, inodora e insubstancial depositada no seio da eterna Mãe do espaço, Essa semente com relação ao uno é duas. Não devemos esquecer que para se ser um se precisa ser dois e que o uno se sente dois. Essa Terra caótica, primitiva, é o germe do mundo; depositado na Mãe Espaço é o omeyocan, um verdadeiro paraíso que durante o tempo de inatividade vibra felicíssimo.

Chama-se também de yoalli ehecatl ao omeyocan devido ao vento e às trevas e também porque Ehecatl é o Deus do movimento cósmico, o Deus do Vento. Yoalli ehecatl, o grande movimento cósmico do omeyocan, é o lugar onde reina a autêntica felicidade do mundo, felicidade profunda e inesgotável.

Há dias e noites cósmicas. Quando a Terra está em estado germinal, quando um mundo qualquer se encontra em estado de germe, depositado no seio do espaço profundo, dorme e sendo dois é um. Depois de um certo período de inatividade, o impulso elétrico, o furacão elétrico, faz com que os aspectos negativos entrem em atividade. Por isso, se diz que, no omeyocan, há ventos e trevas. Não querendo dizer trevas no sentindo corrente da palavra.

Usamos uma forma alegórica de falar. Recordemos que nos Mistérios egípcios, os sacerdotes aproximavam-se do neófito e diziam-lhe no ouvido: Osíris é um Deus Negro. Não que fosse negro; acontece que a luz do espírito puro, a luz da grande realidade, é trevas para o intelecto. Por isso, se diz que, no omeyocan, só há trevas e vento, isto é, movimento cósmico, de onde emana a luz incriada e de onde desabrocha o movimento universal representado por Ehecatl.

No omeyocan, amontoa-se a quietude infinita antes da manifestação do Logos Solar, a unidade múltipla perfeita. O Logos Solar, na sagrada terra de Anahuac, sempre foi chamado de Quetzalcoatl. Quetzalcoatl como Logos existe indubitavelmente muito antes de qualquer manifestação cósmica.

O omeyocan é o umbigo do universo, onde o infinitamente grande rebenta no infinitamente pequeno através de recíprocos redemoinhos que vibram e palpitam intensamente. Lá o grande e o pequeno se encontram, o macrocosmo e o microcosmo se encontram.

Com a aurora do universo, o furacão elétrico faz com que os átomos palpitem na forma de redemoinhos dentro do omeyocan, dentro do umbigo do universo, dentro da matriz cósmica que é o dois. No omeyocan, o tloque nahuaque é tempestade noturna de todas as possibilidades. Quando o movimento elétrico, o furacão elétrico, o torvelinho elétrico, faz girar todos esses átomos dentro da matéria caótica, persiste todas as possibilidades da vida universal. Assim o escreveram sempre os melhores autores de cosmogênese.

O Omeyocan, o Senhor da Noite, o negro Tezcatlipoca, nega-se, rebenta-se em luz e nasce o fecundo universo que Quetzalcoatl, o Logos Solar, maneja. Tezcatlipoca representa à Lua e ao Deus-Mãe em seu aspecto feminino.

O omeyocan é precisamente isso, o Deus-Mãe, a matriz do mundo. Por isso, se diz que Tezcatlipoca explode em luz e a mãe incha como flor de lótus. Finalmente, nasce o universo que de fato o Logos fecunda. Em nahuatl diz-se que Quetzalcoatl então dirige e maneja esse universo que surge para a existência.

O Logos, a Unidade Múltipla Perfeita, é radical, mas, mesmo assim, desdobra-se em 49 fogos para trabalhar com o nascente universo. Inquestionavelmente, é justamente o Logos Quetzalcoatl quem dirige esse universo, a consciência cósmica governando, dirigindo, o que é, foi e será…

Estou perfeitamente seguro que a antropologia oficial não aceitaria esta concepção de Quetzalcoatl. Não temos dúvida de que a antropologia materialista repele ao Logos, o qual se encontra na tradição mexicana. Eles não querem nada com a sabedoria do México. A antropologia materialista ao rechaçar a Quetzalcoatl como verdadeiro governante do universo coloca-se de fato contra o próprio México.

Assim que, meus queridos amigos, vale a pena que reflitamos um pouco. Tampouco convém que formemos do nosso senhor Quetzalcoatl uma concepção antropormófica, não! Repito: Quetzalcoatl é uma unidade múltipla perfeita; ele é o Demiurgo dos gregos ou Logos de Platão, o Princípio Ingente da natureza fazendo vibrar a cada átomo, fazendo estremecer a cada átomo. Ele é o fogo criador do primeiro instante.

Os sequazes do materialismo antropológico jamais poderiam assegurar que conhecem o fogo. Não o conhecem e muito menos a eletricidade. A nós nos interessa o fogo do fogo e o conhecimento profundo da eletricidade.

Eles julgam e consideram o fogo como sendo um produto da combustão, mas se enganam. Na verdade, se esfregamos um palito de fósforo, vemos que surge o fogo. Dirão eles que isso é produto da combustão. Não senhor! A combustão é que é um produto do fogo. A mão que risca o fósforo tem fogo para se movimentar e mesmo o fogo está latente dentro do próprio fósforo.

Basta que se elimine o envoltório de matérias químicas do palito, mediante a fricção, para que surja o fogo. O fogo existe antes do palito de fósforo ser aceso e isto é algo desconhecido para a química. O fogo em si mesmo é o logos, o princípio inteligente fundamental da natureza.

Que conste que nós jamais defenderíamos a um deus antropomórfico, o qual tanto desagrada aos materialistas! Não, nós estamos unicamente dando ênfase ao que dizemos: que a natureza tem Princípios Inteligentes e que a soma deles é Quetzalcoatl., o Demiurgo dos gregos, o Logos dos platônicos, a unidade múltipla perfeita latente em todo átomo, em todo corpúsculo que vem à vida e em toda a criatura que existe sob o sol.

Não resta a menor dúvida, queridos amigos, que o monoteísmo causou um grande mal à humanidade porque em conseqüência dele apareceu o materialismo e o ateísmo. Digo também, que o Politeísmo, levado ao extremo, causou por sua vez o monoteísmo, e dele surgiu o ateísmo materialista. O Politeísmo, tendo degenerado, deu origem ao monoteísmo antropomórfico e deste, devido aos abusos dos vários cleros religiosos, frutificou o materialismo.

Se nós aceitamos Princípios Inteligentes na natureza e no cosmos, como fundamento de toda a maquinaria da relatividade, não desconhecemos que, no fundo, A VARIEDADE É UNIDADE.

Conceituo que num futuro próximo a humanidade terá de voltar ao politeísmo, mas de uma forma monística transcendental. Deverá se equilibrar, do ponto de vista espiritual, entre o monoteísmo e o politeísmo. Somente assim poderá ser iniciada uma renovação dos princípios e uma revolução completa da consciência.

(Samael Aun Weor, Antropologia Gnóstica)

Introdução às sete cátedras
Primeira Cátedra
Segunda Cátedra
Terceira Cátedra
Quarta Cátedra
Quinta Cátedra
Sexta Cátedra
Sétima Cátedra

6 COMENTÁRIOS

    • Resumidamente: a gnose não aceita o big-bang da teoria materialista. Pois o Universo surgiu numa outra dimensão, o plano mental (6ª dimensão), foi se densificando e passando ao plano astral (5ª), após outros milhões de anos no plano etérico (4ª) e finalmente, o universo densificou-se no plano físico (3ª dimensão). Depois, pelo processo evolucionário (que se dá em qualquer rincão do universo), tudo retornará gradativamente às dimensões superiores.

  1. A resposta para estes questionamentos sobre a origem do animal se encontra de inicio onde tudo foi formado ou seja no mundo espiritual em que e formada por varias entidades de poder e luz em que cada um tem sua respectiva funçao guiado por um grande mestre onde ha uma disputa entre o bem e o mal. Mas o mas importante disso tudo e saber que uma entidade de luz e capaz de criar o que quiser e como quiser assim aconteceu com tudo que existe e nos humanos no mundo somos apenas figurantes nessa grande peça teatral. E claro que por merecimento astral podemos ocupar posiçoes de maior prestigio.

  2. Fico um tanto surpreso por nunca ter lido nada a respeito da civilização Suméria nos livros Gnósticos. Não que isto seja uma obrigação da Gnose ou dos mestres Samael e Rabolu. Mas fatos não podem ser contrariados e isto sempre foi dito pelos mestres. A ciência tem provas suficientes que os Sumérios tinham um conhecimento espantoso sobre a origem do homem no planeta. Eles tinham informações sobre nossa Galaxia e a composição Química dos planetas. Estes fatos foram comprovados pela NASA, no decorrer do século XX. Paz a todos.

    • Realmente as grandes culturas e civilizações do Oriente Médio foram poderosas esotericamente. O Mestre Samael enfatiza que nós também devemos ser Buscadores e investigadores, porque se o próprio Mestre tivesse de escrever sobre todas as culturas, todas as artes, todas as ciências, sobre ufologia, Magia, Rituais etc. etc., ele perderia muito tempo, e não daria para ensinar o que é ESSENCIAL, que são os 3 FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA…

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.