Peça de alumínio de 20 mil anos

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Em 1974, ao longo das margens do rio Mures, na Romênia, um objeto semelhante a um desgastado martelo, ou talvez uma cunha, foi descoberto. Foi encontrado sob 35 pés de areia junto com dois enormes ossos de mastodonte. Os mastodontes foram extintos cerca de 10 mil a 11 mil anos atrás e acredita-se que tenham morrido durante a última grande Era do Gelo.

Arqueólogos buscavam restos de mamutes lanudos em um estrato datado de 20 mil anos. Encontraram os restos desse animal, porém o impressionante é que ao lado de ditos restos de mamute, acharam um Oopart, ou seja, uma peça de alumínio parecida com uma cunha. À primeira vista teria sido fabricada pelo ser humano, mas o estranho é que essa peça era feita de 89% de alumínio, coisa impossível de ser fabricada 20 mil anos atrás.

Oopart é a sigla em inglês para Out Of Place Artifact cunhada por Ivan T. Sanderson, naturalista e criptozoólogo estadunidense. Esse termo é usado para designar objetos de interesse histórico, arqueológico ou paleontológico, que aparecem em locais onde desafiam a cronologia da história, pois não deveriam ser encontrados nesses locais.

A lista de objetos bizarros é extensa e vamos conhecer detalhes de um deles, a chamado de Cunha de Aiud. Essa peça foi encontrada na cidade de mesmo nome na Romênia. Essa peça foi encontrada em algumas explorações arqueológicas aparentemente por coincidência, enquanto escavavam na bacia do rio Danúbio à procura de fósseis de mamutes lanudos.

O que mais surpreende na Cunha de Aiud é que ela é feita de alumínio, elemento químico que, embora esteja presente na natureza, só foi isolado pela primeira vez em 1825. O impressionante é que a Cunha de Aiud é datada com mais de 20 mil anos. Além de sua estranha composição com metais como alumínio, cobre, silício, zinco, chumbo, estanho, zircônio, cádmio, níquel, cobalto, bismuto, prata e gálio, esse objeto foi datado inicialmente em cerca de 400 anos, mas ao ser removido, a camada de óxido superficial que a recobre mudou sua datação de centenas para milhares de anos, graças a estudos realizados pelos arqueólogos Fischinger e Niederkorn. Feita essa análise, a cunha foi guardada no Museu de História da Transilvânia.

Até o ano de 1995, outro pesquisador romeno, Florian Gheorghita, deparou-se com o artefato no porão do Museu. A cunha foi testada mais uma vez. Desta vez em dois laboratórios diferentes: o Instituto Arqueológico de Cluj-Napoca e um laboratório suíço independente. Os testes confirmaram os resultados que o datavam de mais de 20 mil anos.

No entanto, Gheorghita ficou intrigado com sua forma, que era no mínimo incomum (a princípio, acreditava-se ser algum tipo de machado pré-histórico, coberto de uma pátina que inicialmente se acreditava ser pedra, não metal).  Ele consultou um engenheiro aeronáutico através da publicação Ancient Skies, que respondeu que graças à sua configuração, perfurações ovais e padrões de abrasões no metal, poderia ser a base de uma perna de apoio pertencente ao trem de pouso de algum tipo de aeronave, citando como exemplo as sapatas dos módulos lunares.
Claro, há especulações sobre sua origem. Há quem acredite que seja parte de navios de tecnologia antiga, especificamente um vimana (navios lendários da mitologia hindu). Há também quem acredite que seja diretamente o pedaço de uma nave extraterrestre, que estava passando pela terra.
Os céticos argumentam que é parte de algum tipo de maquinaria moderna, como um veículo rastreado ou uma escavadeira, mas isso não explica por que foi encontrado tão fundo (e próximo aos ossos de animais pré-históricos) ou sua datação por carbono.


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